Um movimento crescente de jovens que se identificam como “abrossexuais” está ganhando destaque nas redes sociais e despertando debates polêmicos, inclusive na imprensa internacional. O Manual de Comunicação LGBTI+ da Aliança Nacional LGBTI e Rede GayLatino não reconhece formalmente o termo, mas recomenda o site Orientando como uma fonte para expandir o conhecimento sobre identidade sexual.
Segundo a organização, o prefixo “abro” refere-se a pessoas cuja orientação sexual é fluida e passa por mudanças. Portanto, a abrossexualidade, de acordo com a revista Gay Times, difere da pansexualidade, pois os abrossexuais podem ter períodos de atração específica por certos gêneros ou orientações.
“Indivíduos abrossexuais podem ser gays por um tempo, assexuais em outro momento e depois bissexuais ou pansexuais”, explica a publicação. Essas mudanças de orientação podem ocorrer em intervalos curtos ou longos, às vezes durando anos antes de outra transformação.
Emma Flint, jornalista inglesa de 32 anos, compartilhou ao jornal Metro sua jornada de autodescoberta como abrossexual. “[Durante os anos 90], você era hetero, gay ou lésbica”, disse ela, mencionando que outras orientações eram vistas como “inventadas”. Mas, ao chegar aos 30 anos, percebeu que sua sexualidade flutuava entre ser lésbica e bissexual, o que a levou a identificar-se como abrossexual.