Trabalho
Os jovens são os mais atingidos pelo desemprego no país. Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada apontam que dezessete por cento dos brasileiros entre 18 e 24 anos estão à procura de uma ocupação. O índice representa quase o dobro da taxa de desemprego nacional, que é de nove por cento. De acordo com o Ministério da Educação, a forma mais eficiente de inserir os jovens no mercado profissional é a ampliação do ensino profissionalizante voltado para a área tecnológica. Em 2005, o governo integrou o ensino médio ao técnico. Atualmente, a Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica conta com 144 escolas espalhadas por todas as regiões brasileiras. A partir do próximo ano, mais 32 escolas entrarão em funcionamento. No ano passado, cerca de 740 mil estudantes estavam matriculados em cursos técnicos integrados ao ensino médio. O número representa oito por cento do total de alunos que cursam o ensino médio. Daniel Gonçalves, de 16 anos, é um dos estudantes brasileiros que optou por concluir os estudos por meio de uma qualificação profissional. Ele faz o curso técnico de mecânica no turno matutino e, à tarde, cursa as matérias básicas do ensino médio. Estudante de Belo Horizonte, o jovem precisou passar por um exame seletivo. Daniel entrou no curso sem nenhuma experiência na área, mas acredita que estará apto para trabalhar como mecânico até o fim do curso, daqui a dois anos.
Eu gosto bastante do curso técnico, é uma área que eu gosto tem várias disciplinas que eu me interessei muito quando eu fui fazer o processo seletivo. É um curso que estou gostando bastante e está dando para aprender bastante também.
De acordo com o Ministério da Educação, o número de vagas para a educação profissional cresceu 840 por cento nos últimos dez anos. Apesar do crescimento, o setor carece de uma política nacional. Por isso, em novembro, o governo realizará a 1ª Conferência Nacional de Educação Profissional e Tecnológica, em Brasília. O evento tem o objetivo de articular e integrar as redes federal, estadual, municipal e privada de ensino técnico. A principal proposta em pauta será a criação de um fundo federal de financiamento do ensino profissionalizante.
