A Justiça de Araçatuba condenou o empresário Antônio Berti Júnior, acusado de matar a tiros o desempregado Alessandro de Oliveira Aoki em um posto de combustíveis de Araçatuba (SP), a 14 anos de prisão em regime fechado.
O julgamento durou cerca de 10 horas e o réu foi ouvido por meio de videochamada, direto da Penitenciária de Andradina (SP), onde estava preso preventivamente, por conta da pandemia da covid-19.
Antônio Berti foi denunciado pelo Ministério Público por homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima. Os jurados rejeitaram a tese de legítima defesa e reconheceram a qualificadora do recurso que dificultou a defesa da vítima e não reconheceram a qualificadora de motivo futil. O réu não terá direito de apelar em liberdade.
O CRIME
No dia em que o homicídio foi registrado, Aoki consumia bebidas alcoólicas, acompanhado de três mulheres e de um homem, quando o acusado chegou.
Conforme apurado durante o inquérito policial, mesmo sem vínculo de amizade com o grupo, o empresário teria cumprimentado aquelas pessoas, sentando-se com elas. O crime teria sido motivado pelo pedido da vítima para que o empresário deixasse o local depois de ele ter começado a importunar e agir de forma grosseira com as mulheres do grupo.
Júnior Berti então saiu do posto de combustíveis, mas retornou portando uma pistola calibre 380 e atirou várias vezes, inclusive com a vítima já caída no chão.