domingo, 22 de setembro de 2024
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Empresário é condenado por balear duas travestis em 2016

O juiz Sandro Nogueira de Barros Leite condenou parcialmente um empresário de Rio Preto acusado de tentar matar junto com filho duas travestis há dois anos na avenida Cenobelino de…

O juiz Sandro Nogueira de Barros Leite condenou parcialmente um empresário de Rio Preto acusado de tentar matar junto com filho duas travestis há dois anos na avenida Cenobelino de Barros Serra com a João Mesquita, bairro Vila Izilda.

Fabio Alexandre dos Santos de 36 anos que responde o processo na 4º Vara Criminal em liberdade foi condenado a sete anos de prisão nos crimes de lesão corporal, porte de arma e corrupção de menores.

A sentença de primeira instância foi julgada coerente em partes na tarde desta sexta-feira (13) o magistrado reconheceu a intenção de matar pelo réu que usou uma espingarda calibre 20, por motivo fútil e de surpresa lidando com recurso que dificultou a defesa das vítimas, W.L.F.S [Kelly] e C.L.L.P [Nicole], jovens com idades relativamente entre 22 e 25 anos.

“Os crimes não se consumaram por circunstância alheias às suas vontades, porque os tiros não atingiram órgãos vitais das vítimas e, ainda, porque elas foram prontamente socorridas e medicadas”, disse o jurista Sandro Leite em decisão.

Ministério Público que move a ação penal contra Alexandre pediu a desclassificação do homicídio qualificado e a defesa representada por Arthur Aparecido Pitaro, que não teve o contato informado pelo TJ (Tribunal de Justiça), admite falta de provas e que o cliente não teve participação na violência.

Assim como determinar a regra processual a história não será analisada pelos verdadeiros juízes da causa; o povo no tribunal de júri.

O celular que também foi apreendido pela Polícia Civil é de uma das vítimas do agressor, ela conta em depoimento no fórum Central Criminal, que o réu naquela noite do dia 29, por volta das 23h30 chegou de carro, uma Saveiro branca, perguntando quem tinha sido travesti que havia feito programa sexual com seu filho e o local estava um celular do garoto, que se não dessem o telefone iria dar tiro, após uma volta no quarteirão Fabio veio sozinho a pé e quando viu a vítima com outras amigas de frente para a rua começou a atirar.

PROGRAMA SEXUAL

Em seguida o adolescente infrator ficou encarregado de buscar o pai com o veículo e teria agredido uma das travestis. A testemunha que teve o celular roubado e foi agredida ainda tenta entender o porquê não fizeram o exame de corpo delito, ‘disse que se o celular do filho dele não aparecesse ele ia matar todo mundo’. Informa o juiz na sentença que tem 17 folhas.

Outro depoente que também foi vitimado pelo empresário contou que anteriormente a tentativa de morte, o garoto estava passando na rua quando outro travesti mexeu com ele, no entanto acabou indo embora.

Segundo as investigações do delegado do 1º distrito policial o adolescente que já esteve internado na Fundação Casa negociou um programa sexual e não pagou a conta, por conta disso o celular teria ficado como garantia recebimento pelo serviço.

A declaração da terceira pessoa que sofreu ao ataque revela que o acusado passava todos os dias e que o conhecia inclusive de outro programa sexual combinado com Santos. “Uma hora falaram que deu 3 tiros na Nicole e depois falaram 6 tiros nela, então não sabe quantos foram”, conta o magistrado.

Quatro pessoas em pontos diferentes da cidade foram alvos do condenado, pai e filho também foram reconhecidos por fotografias juntadas ao processo. Kelly e Nicole foram socorridas na UPA/Norte logo depois transferidas para Santa Casa.

Os tiros acertaram o braço direito (2) perna direita (3) e o peito (1) e a PM ficou sabendo da ocorrência quando um mototaxista parou a viatura na avenida em patrulhamento, ele confirmou que o autor dos tiros era o réu preso horas depois, pagou fiança de R$1.500 e foi solto.

ESPOSA DESMENTE

O carro foi encontrado na frente da casa da esposa a rua São João, ele disse que não sabia do acontecido e na ocasião levou a mulher até uma pastelaria, versão essa desmentida inclusive pela companheira.

A Reportagem do DHOJE tentou um contato com a defesa para comentar a decisão, no entanto até a redação final desta notícia não conseguimos um contato e o espaço continua aberto para manifestações.

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