Há 90 dias, o empresário rio-pretense Antônio Carlos Naime, 68 anos, é protagonista de um misterioso caso de desaparecimento.
Ele foi visto pela última vez em uma agência bancária em Iturama, no triângulo mineiro, no dia 26 de janeiro, em companhia de um corretor de imóvel. No dia, fez um saque de cerca de R$ 200 mil. Desde então, a família nunca mais teve notícias ou pistas do paradeiro do empresário.
A filha, Vanessa Naime Lorenzetti, diz que não sabe o que pensar sobre a situação. “Em meio a tanto sofrimento, o pior é não saber o que aconteceu. As vezes penso que ele teve alguma ausência e está perdido, mas não sei. Nessas horas não dá para saber o que realmente aconteceu”, desabafa.
Um boletim de ocorrência foi registrado logo depois do desaparecimento. Nele, a família conta que a intenção de Naime era seguir para Iturama para realizar a venda de uma fazenda e voltar a Rio Preto no mesmo dia, o que não aconteceu.
A polícia conseguiu apenas resgatar imagens do circuito interno do banco em Iturama, no dia do saque. O carro dele, uma picape Chevrolet S10 prata, placas DIJ-7213, também não foi encontrado.
Separado há cinco anos, com três filhos e uma namorada em São Paulo, Vanessa, a filha que mora em São Paulo, revela que não há possibilidade do pai ter fugido, já que ele estava em um bom momento da vida. “Ele sempre foi reservado, e não falava muito sobre negócios. Mas não estava com problemas emocionais e nem de dinheiro. Outra coisa estranha é que ele nem levou os medicamentos de rotina”. A conta bancária, os cartões de créditos e cheques não revelaram nenhuma movimentação.
O delegado Alceu Lima de Oliveira Júnior, responsável pela investigação, não foi encontrado até o momento para falar sobre o assunto.