A catadora de materiais recicláveis Lorenza Palma da Cunha, 55 anos, que achou cerca de R$ 40 mil no lixo e devolveu ao dono, vai ter direito a uma cesta de compras mensal até o fim de 2009, segundo informou nesta quinta-feira, 19, o empresário Max Douglas Buranello, 53 anos, dono da “fortuna” recuperada. Ele quis dar uma recompensa maior ao gesto do que a que foi divulgada anteriormente.
O dinheiro foi achado pela catadora escondido em pacotes que estavam no lixo do supermercado Varejão de Penápolis, a 479 km de São Paulo. No mesmo dia, Lorenza devolveu a quantia e recebeu R$ 200 de recompensa.
Catadora encontra cerca de R$ 40 mil no lixo e devolve ao dono. Só que a recompensa dada inicialmente fez o dono do supermercado passar por alguns constrangimentos. “Me chamaram de pão-duro, egoísta. Uma senhora ligou falando que eu tinha que dar um dízimo”, disse o empresário. Buranello divulgou nesta semana que os R$ 200 foram dados espontaneamente por uma funcionária. “E eu já reembolsei ela também”, explicou.
A recompensa do dono, contou o empresário, é garantir à catadora uma cesta de compras de R$ 600 no supermercado Varejão até o fim de 2009. “Prometi pra ela um emprego ou uma compra mensal até dezembro de 2009 em torno de R$ 600. Pra ela, é melhor a compra”, justificou, afirmando que o emprego foi desprezado porque Lorenza preferiu manter a rotina de catadora para facilitar a rotina doméstica.
A mulher sustenta a família com a coleta de materiais recicláveis. Ela ganha cerca de R$ 200 por mês e mora em uma casa de cinco cômodos com o marido, dois filhos e quatro netos. Há cinco anos, Lourença é voluntária no Fundo Social de Solidariedade de Penápolis.
