A empresária Silvia Calabresi de Lima, presa em flagrante há uma semana por supostamente manter uma menina de 12 anos em cárcere privado e torturá-la, em Goiânia (GO), passou a maior parte da infância morando em orfanatos.
Segundo as investigações da polícia, ela foi adotada por uma família quando tinha 12 anos.
A adolescente foi encontrada amarrada a uma escada, amordaçada e com vários ferimentos pelo corpo, no apartamento de Sílvia, em um setor nobre da cidade.
A empresária criava a menina há dois anos com autorização da mãe biológica.
As sessões de tortura envolveriam alicates, cadeados, mordaça, pimenta nos olhos e na boca, mutilações nos dedos e na língua, sono interrompido, agressões físicas e pressão psicológica.
Ao todo, somam cinco as meninas que teriam sido agredidas e forçadas a trabalhos domésticos na residência de Sílvia nos últimos 6 anos.
A empregada doméstica Vanice Maria Novaes, 23, também foi presa e vai responder pelos mesmos crimes da patroa.
Cada uma pode pegar até 32 anos de cadeia.
O marido da empresária, Marco Antonio Calabresi Lima, vai responder por omissão em caso de tortura, e pode pegar até quatro anos de reclusão.