sábado, 23 de novembro de 2024
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Emprego na construção civil volta a crescer em Fernandópolis

Na contramão do desemprego que afeta a construção há 22 meses seguidos, a região de Rio Preto fechou o mês de julho com o emprego em alta. Foram criadas 212…

Na contramão do desemprego que afeta a construção há 22 meses seguidos, a região de Rio Preto fechou o mês de julho com o emprego em alta.

Foram criadas 212 vagas, o que representa aumento de 0,70% em relação ao mês anterior. O setor emprega 30.438 trabalhadores com registro em carteira nos 140 municípios abrangidos pela regional de São José do Rio Preto.

Os dados são da pesquisa realizada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), com base em informações do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE).

Fernandópolis teve números positivos em julho com a contratação de sete novos trabalhadores. O aumento, de 0,66%, eleva para 1.065 o número de pessoas empregadas com carteira assinada no setor.

A oferta de vagas foi maior no município de Rio Preto com 97 novos postos de trabalho, o que representa aumento de 0,77% em relação ao mês anterior e eleva para 12.616 o número de trabalhadores registrados.

Catanduva também trouxe dados positivos com 20 novas vagas em julho e total de 1.672 pessoas com registro no segmento da construção civil no município. O aumento em relação a junho foi de 1,21%.

Votuporanga também registrou elevação de emprego com 40 novas vagas abertas em julho, o que representa aumento de 2,40% em relação ao mês anterior. O município emprega 1.760 pessoas no setor.

Brasil

A construção civil brasileira registrou queda de -1,13% no nível de emprego em julho na comparação com junho – a 22ª queda consecutiva (desde outubro de 2014). Com o fechamento de 31,1 mil postos de trabalho, o saldo de trabalhadores ficou em 2,73 milhões.

Nos primeiros sete meses do ano houve corte de 170,3 mil vagas. Em 12 meses o saldo negativo chega a 468,8 mil empregos a menos. Desconsiderando efeitos sazonais*, o número de vagas fechadas em julho foi de 43,3 mil (-1,57%).

A queda do nível de emprego na indústria da construção está diretamente associada a uma conjuntura econômica ainda recessiva, analisa o presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto. “Embora os empresários do setor estejam menos pessimistas em relação ao futuro desempenho das construtoras, a persistência dos juros altos, o desemprego, o declínio da renda das famílias e as restrições à concessão de financiamentos determinam a atual escassez de novos investimentos no setor”, afirma.

Para Romeu Ferraz, cumpre ao governo sinalizar que prosseguirá buscando reequilibrar as contas públicas sem deixar em segundo plano as medidas prometidas de reativação do setor. “A manutenção do Programa Minha Casa, Minha Vida, o lançamento de 25 novas privatizações, a promessa de retomar 1.600 obras públicas paralisadas e o estudo para elevar o valor dos imóveis financiáveis pelo FGTS constituem uma sinalização positiva”, comenta.

Apenas no estado do Rio de Janeiro, o corte em julho na comparação com o mês anterior foi de 11.362 vagas (-3,82%). O impacto se deve, em parte, pelo término das obras para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos 2016. Em 12 meses houve redução de 20,20%.

Segmentação

Por segmento, imobiliário caiu 1,42% em julho na comparação com junho, seguido de infraestrutura (-1,18%). No acumulado do ano, contra o mesmo período do ano anterior, o segmento imobiliário segue apresentando a maior queda (-17,87%).

A deterioração do mercado de trabalho afeta quase todas as regiões do Brasil, sendo que os piores resultados foram observados no Nordeste (-1,55%) e Sudeste (-1,42%). Apenas o Centro-Oeste apresentou alta (0,13%).

Estado de São Paulo

Em julho, houve queda de 0,71% no emprego em relação a junho, com redução de 5,21 mil vagas. O estoque de trabalhadores foi de 736,3 mil em junho para 731,08 mil em julho. Desconsiderando a sazonalidade**, houve queda de 0,98% (-7,18 mil vagas).

No período, o segmento imobiliário e de obras de acabamento responderam pelo pior desempenho (-1,01% e 1%, respectivamente).

Na capital, que responde por 44,8% do total de empregos no setor, a queda em julho em relação ao mês anterior foi de 1,06% (-3.525 vagas). Em 12 meses, São Paulo registrou retração de 13,68%.

Entre as Regionais do SindusCon-SP, Santos apresentou a maior queda (-1,69%), seguido por Sorocaba (-1,46%). As Regionais de Bauru e São José do Rio Preto apresentaram as maiores altas, com 0,96% e 0,70%, respectivamente.

Gazeta de Rio Preto

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