De acordo com a fiscal responsável pelo caso, o aparecimento do possível autor do disparo do sinalizador não traz consequências imediatas ao processo.
Os presos continuam indiciados como cúmplices. E ela gostaria que o menor se apresentasse à Justiça boliviana.
Se o menor que se apresentou em São Paulo fosse julgado lá, seria tratado como adulto.
Nas leis bolivianos para esse tipo de caso, a maioridade começa aos 16 anos. Mas isso não vai acontecer, porque Brasil e Bolívia seguem a convenção da ONU sobre os direitos da criança e do adolescente, e ela não permite a extradição de menores.
Nesta segunda, os brasileiros presos dispensaram os serviços dos advogados bolivianos que haviam sido contratados inicialmente.
A partir de agora, eles serão defendidos por um advogado boliviano, mas que foi indicado pela embaixada brasileira na Bolívia. Ele explicou que entrou com apelação contra a decisão do juiz com base em falhas que viu no documento do Ministério Público que levou ao indiciamento dos brasileiros.
A defesa entende o caso como homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Alega que apenas um torcedor poderia ser indiciado como autor do disparo. Relata ausência de fiscal de investigação no momento dos depoimentos, como exige a lei boliviana. E acusa o Ministério Público de discriminação por alegar que os brasileiros poderiam fugir do país.
A expectativa é que a apelação seja julgada nos próximos três ou quatro dias.