

Um vídeo publicado no perfil oficial do 9º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep), de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, mostra policiais militares queimando cruzes e fazendo gestos semelhantes a uma saudação nazista.


O conteúdo, publicado nesta terça-feira (16), foi removido poucos minutos após ir ao ar, mas já havia repercutido nas redes sociais. As imagens, produzidas com drones e trilha sonora cinematográfica, mostram ao menos 14 policiais militares diante de uma cruz em chamas, durante a noite.
O vídeo também exibe uma trilha marcada por fogo e, ao fundo, a palavra “Baep” (Batalhão de Ações Especiais de Polícia) em chamas, ao lado de viaturas da Polícia Militar e bandeiras da corporação.
A simbologia usada e o gesto feito por alguns dos policiais — que lembram a saudação nazista — causaram indignação entre internautas, especialistas em segurança pública e entidades de direitos humanos.
Segundo apuração do portal Metrópoles, o comando da unidade já foi cobrado internamente para prestar esclarecimentos sobre o conteúdo divulgado. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) do Estado de São Paulo também foi procurada, mas ainda não emitiu nota oficial sobre o caso.
O emblema do 6º Batalhão de Ações Especiais (BAEP) apresenta uma semelhança inegável com a estética nazista. A águia branca central lembra diretamente a Reichsadler, símbolo do poder do Terceiro Reich. As lanças cruzadas reforçam a alusão à militarização nazista.
Ainda, as cores preto, branco e o vermelho da chama no escudo menor ecoam a paleta cromática central da simbologia nazista. Essa combinação de elementos visuais torna a ligação estética com o nazismo clara e direta, gerando debates sobre a escolha da representação para uma unidade policial.



