A variante Ômicron têm expandido sua incidência no estado de São Paulo. Cientistas brasileiros identificaram que a participação da cepa no total de amostras sequenciadas entre os dias 4 e 11 de dezembro aumentou 12 vezes em comparação com a semana anterior, quando foram diagnosticados os primeiros casos de infecção pela Ômicron no estado.
O alerta foi divulgado na segunda-feira (27) no boletim epidemiológico da Rede de Alertas das Variantes do Sars-CoV-2, produzido pelo Instituto Butantan.
Segundo o documento, a presença da variante saltou de 0,2% (durante semana de 27 de novembro a 3 de dezembro) para 2,5% (de 4 a 11 de dezembro). Isso corresponde a um aumento de 1.150% na 49ª semana epidemiológica analisada pelo centro de pesquisa, quando foram sequenciadas 367 amostras positivas para o vírus Sars-CoV-2, vindas de 17 Departamentos Regionais de Saúde (DRS) paulistas. Dessa amostragem, oito casos correspondiam à infecção pela Ômicron.
Delta predomina
Presente em 2,5% das amostragens da 49ª semana, a variante Ômicron agora só perde para a Delta, que até o final do período continuou a ser predominante no estado, estando presente em 97% das amostras. A variante Gama, por sua vez, esteve em 0,5% das amostragens.
Considerando apenas a Grande São Paulo, a Delta foi predominante nas 130 amostras sequenciadas na região, correspondendo a 93,1% das coletas. Em seguida, veio a Ômicron, detectada em 5,4% das amostragens; e a Gama, em 1,5% dos exames.
Por outro lado, na 49ª semana, o vírus diminuiu em 11 dos 17 DRS de São Paulo, assim como na própria Grande São Paulo, Araraquara, Baixada Santista e Campinas. Ainda assim, a incidência permaneceu estável em três DRS (Bauru, Marília e Registro) e aumentou em dois (Araçatuba e Barretos).
Ao todo, já foram identificadas 40 variantes do vírus circulantes no estado de São Paulo. A Delta é predominante desde a 33ª semana epidemiológica. Assim como a Ômicron e a Gama, a cepa é uma variante de preocupação, considerada mais transmissível e com maior risco de gerar casos graves e mortes do que a versão original do Sars-CoV-2.