Os pernambucanos comemoram nesta terça-feira (9) o Dia do Frevo. Declarado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, o ritmo comanda as festas de carnaval nas ladeiras de Olinda e também pelas ruas do Recife.
A data foi escolhida porque há 109 anos o jornalista Oswaldo Oliveira, que trabalhava no Jornal Pequeno, do Recife, se referiu pela primeira vez à dança chamando-a de frevo.
Origem
Segundo historiadores, a palavra frevo quer dizer “ferver”. E resultou da maneira incorreta como as pessoas mais humildes flexionavam o verbo ferver trocando a ordem das letras “e” e “r”, ou seja, “frever”. O ritmo é derivado da marcha e do maxixe, e surgiu no Recife no final do século 19 para dar ao povo mais animação nos folguedos de carnaval. O ritmo é extremamente acelerado e a música animada. Nas suas origens, sofreu várias influências ao longo do tempo.
O passo, como se chama na dança do frevo, surgiu inspirado na capoeira, forma de luta e defesa desenvolvida pelas populações negras trazidas como escravos para o Brasil no período colonial.
Apesar de Pernambuco comemorar hoje o Dia do Frevo, um decreto assinado pelo então Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2009, instituiu o Dia Nacional do Frevo em 14 de setembro.
Os símbolos
Sombrinha – No começo, era usada para proteger do sol e até como arma, em caso de conflito. Com o passar do tempo, foi ficando menor e mais colorida e se tornando uma tradição e símbolo do frevo
Estandartes – É a bandeira, com um emblema, que vai na frente dos cortejos. Ela caracteriza a agremiação, identifica aquele grupo que vai passando. A tradição vem da época das Cruzadas, na Idade Média, quando as missões com fins militares e religiosos ostentavam bandeiras com símbolos alegóricos como cruzes e brasões.