O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, vai marcar presença na Cúpula da Amazônia na terça-feira 8. A informação foi confirmada por Oeste, neste domingo, 6, com o Ministério das Relações Exteriores.
Em menos de dois meses, essa é a segunda vez que o bolivariano será recebido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Maduro e outros seis representantes de países que “abrigam” a floresta virão para Belém, sendo eles: Bolívia, Colômbia, Guiana, Peru, Suriname e Equador. O encontro deve alinhar as agendas comuns entre as nações.
O intuito é propor ações que possam equilibrar a proteção da vegetação e o desenvolvimento econômico e social. Na sexta-feira 5, Lula assinou um decreto para ampliar o intercâmbio de energia elétrica da Venezuela para Roraima — único Estado brasileiro que não é ligado ao Sistema Interligado Nacional.
Maduro no Brasil
A vinda do ditador venezuelano ao Brasil já era esperada. Isso por que dificilmente Maduro perderá a oportunidade de viajar ao país para disfarçar seu isolamento internacional. O chavista esteve impedido de entrar no Brasil durante quase todo o governo Bolsonaro.
No fim de maio, Maduro esteve em Brasília para um retiro de chefes de Estado da América do Sul convocado por Lula. A visita foi marcada por controvérsia pelas declarações do petista de que a Venezuela era “vítima” de uma “narrativa de antidemocracia e autoritarismo”.
A cúpula da Amazônia, fundada em 1995, teve sua última reunião sediada na Colômbia, em 2019. Na época, a Venezuela não participou do encontro.
Assim como na reunião de presidentes sul-americanos, o governo Lula argumenta que Maduro foi convidado como chefe de Estado de uma nação integrante da cúpula.