Na corrida mais maluca da atual temporada da Fórmula 1, que contou com várias batidas, erros, sete abandonos, alternância intensa de posições, com chuva no início e pista seca no final, e resultou em um pódio muito incomum, o holandês Max Verstappen passou ileso por todas as intempéries e venceu o GP da Alemanha neste domingo.
Verstappen acertou na estratégia. O piloto da Red Bull fez suas trocas de pneus no momento mais oportuno para assumir a ponta e não perder mais. O holandês venceu a segunda corrida na temporada e a oitava na Fórmula 1. Ele tenta acirrar a briga pela liderança do Mundial de Pilotos.
“Foi complicado fazer as escolhas certas e permanecer focado. Hoje foi tudo sobre não cometer muitos erros. Muito feliz com todo o desempenho hoje”, celebrou o vencedor.
A vitória ficou com Verstappen, mas o grande destaque do dia no traçado alemão de Hockenheim foi Sebastian Vettel. O piloto local da Ferrari largou na última posição depois de sofrer com problemas no turbo do motor no treinamento classificatório, e fez uma corrida de recuperação excepcional. Ele se aproveitou dos vários abandonos de seus rivais e teve coragem e arrojo nas últimas voltas para enfileirar ultrapassagens e terminar em segundo lugar.
“Estou feliz. Antes do último safety car, percebi que estava rápido. E consegui boas ultrapassagens na reta oposta. Era sobre passar um carro após ao outro”, comentou Vettel.
O pódio atípico foi completo pelo russo Daniil Kvyat, da Toro Rosso, igualando seu melhor resultado na categoria, conquistado em 2015, no GP da Hungria. O russo parou durante entrada do safety car para colocar pneus slicks e foi feliz na escolha, assim como o canadense Lance Stroll, que chegou em quarto. Foi a primeira vez desde 1992 que dois carros com motor Honda subiram no pódio.
A Mercedes, que completou 125 anos de motorsport e estava correndo em casa, não teve muito o que comemorar. De traje especial pela data comemorativa, a equipe viu seu principal piloto, Lewis Hamilton, deixar o primeiro lugar depois de errar sozinho, bater e perder a asa dianteira.
O inglês pentacampeão mundial conseguiu voltar para a pista depois do incidente, mas foi punido com cinco segundo por ter cortado a entrada dos boxes e terminou a corrida na 11ª colocação. Além disso, a equipe alemã ainda teve de amargar a saída de Valtteri Bottas, que tinha tudo para ser o segundo colocado, mas bateu na primeira curva e deixou a prova.
Completaram os dez primeiros colocados, da quinta à décima posição, o espanhol Carlos Sainz Jr., da McLaren, o tailandês Alexander Albon, da Toro Rosso, o finlandês Kimi Raikkonen e o italiano Antonio Giovinazzi, ambos da Alfa Romeo, o francês Romain Grosjean e o norueguês Kevin Magnussen, dupla da Haas, equipe que conseguiu seus primeiros pontos na temporada.
Charles Leclerc, Nico Hulkenberg e Sergio Pérez estavam em boas condições para encerrar a prova entre os primeiros, mas sofreram acidentes na pista molhada e não completaram o trajeto. Também abandonaram a corrida Daniel Ricciardo, Lando Norris e Pierre Gasly.
Antes da pausa para o verão europeu, os pilotos da Fórmula 1 voltam a acelerar no GP da Hungria, no próximo domingo.
Confira a classificação do GP da Alemanha:
1) Max Verstappen (HOL/Red Bull), a 1h44min31s275
2) Sebastian Vettel (ALE/Ferrari), a 7s333
3) Daniil Kvyat (RUS/Toro Rosso), a 8s305
4) Lance Stroll (CAN/Racing Point), a 8s966
5) Carlos Sainz Jr. (ESP/McLaren), a 9s583
6) Alexander Albon (TAI/Toro Rosso), a 10s052
7) Kimi Raikkonen (FIN/Alfa Romeo), a 12s214
8) Antonio Giovinazzi (ITA/Alfa Romeo), a 13s849
9) Romain Grosjean (FRA/Haas), a 16s838
10) Kevin Magnussen (DIN/Haas), a 18s765
11) Lewis Hamilton (ING/Mercedes), a 19s667
12) Robert Kubica (POL/Williams), a 24s987
13) George Russell (ING/Williams), a 26s404.
Abandonaram a prova:
Sergio Pérez (MEX/Racing Point)
Daniel Ricciardo (AUS/Renault)
Lando Norris (ING/McLaren)
Charles Leclerc (ALE/Ferrari)
Nico Hülkenberg (ALE/Renault)
Valtteri Bottas (FIN/Mercedes)