

O coronel aposentado da Polícia Militar de São Paulo, Luiz Enrique de Souza Ikeda, de 54 anos, afirmou em depoimento à Justiça que foi vítima de um “golpe” orquestrado pela própria filha, hoje com 19 anos, para incriminá-lo por estupro. Os crimes teriam ocorrido em 2011, quando a vítima tinha 10 anos, em Limeira, no interior de São Paulo.

Em áudio obtido pelo Metrópoles, gravado pela filha em 2017, Ikeda admite parte dos fatos, mas culpa a menina: “Não posso dizer que não aconteceu, mas caí num golpe”, declarou. No depoimento judicial em novembro de 2023, o réu descreveu um episódio em que afirmou ter sido tocado pela filha enquanto dormia: “Deixei com que ela colocasse o pé na minha genitália. Aconteceu, mas não passou disso”.
Na gravação, o ex-policial ainda afirma que a menina de 10 anos poderia ter impedido a continuação do estupro ao supostamente concordar em interromper o ato e retomar diversas vezes. “Eu falava que ia gozar e parava (…) se você quisesse, era só deixar eu gozar e pronto”.
O Ministério Público de São Paulo denunciou Ikeda por estupro de vulnerável após investigação da Delegacia da Mulher de Limeira. Promotoras destacam que o acusado “aproveitou-se da viagem da esposa” para abusar da filha e ordenou que ela não contasse à mãe. O processo corre em segredo de Justiça desde fevereiro.
