O PCO (Partido Causa Operária) fez uma publicação nesta 6ª feira (13.out.2023) em seu perfil no X (antigo Twitter) afirmando que está “1.000% com o Hamas”. A sigla disse: “se quem está combatendo de armas na mão uma brutal ocupação estrangeira é um grupo religioso, estamos ao seu lado e apoiamos os importantes serviços que prestam à humanidade”.
O partido afirmou que sua posição atual é a mesma de quando as tropas dos EUA deixaram o Afeganistão, em 2022, “graças à ação decidida do Talibã”.
“Um Estado artificial criado sobre a base da exploração emocional do genocídio realizado pelo nazismo contra os judeus, como se o povo palestino tivesse alguma culpa do que aconteceu na Alemanha nazista. O PCO denuncia, sem qualquer hesitação, que o regime imposto pelos israelenses na Palestina não fica devendo em brutalidade aos próprios nazistas”, declarou o partido.
O PCO declara seu apoio ao grupo Hamas e à população palestina nas redes sociais desde a escalada do último conflito, em 7 de outubro.
ENTENDA O CONFLITO
Embora seja o maior conflito armado na região nos últimos anos, a disputa territorial entre palestinos e judeus se arrasta por décadas. Os 2 grupos reivindicam o território, que possui importantes marcos históricos e religiosos para ambas as etnias.
O Hamas (sigla árabe para “Movimento de Resistência Islâmica”) é a maior organização islâmica em atuação na Palestina, de orientação sunita. Possui um braço político e presta serviços sociais ao povo palestino, que vive majoritariamente em áreas pobres e de infraestrutura precária, mas a organização é mais conhecida pelo seu braço armado, que luta pela soberania da Faixa de Gaza.
O grupo assumiu o poder na região em 2007, depois de ganhar as eleições contra a organização política e militar Fatah, em 2006.
A região é palco para conflitos desde o século passado. Há registros de ofensivas em 2008, 2009, 2012, 2014, 2018, 2019 e 2021 entre Israel e Hamas, além da 1ª Guerra Árabe-Israelense (1948), a Crise de Suez (1956), Guerra dos 6 Dias (1967), Guerra do Yom Kippur (1973), a 1ª Intifada (1987) e a 2ª Intifada (2000). Entenda mais aqui.
Os atritos na região começaram depois que a ONU (Organização das Nações Unidas) fez a partilha da Palestina em territórios árabes (Gaza e Cisjordânia) e judeus (Israel), em 1947, na intenção de criar um Estado judeu. No entanto, as lideranças árabes não aceitaram a divisão.
ATAQUE A ISRAEL
O Hamas, grupo radical islâmico de orientação sunita, realizou um ataque surpresa a Israel no sábado (7.out). Israel declarou guerra contra o Hamas e começou uma série de ações de retaliação na Faixa de Gaza, território palestino que faz fronteira com Israel e é governado pelo Hamas.
Os ataques do Hamas se concentram ao sul e ao centro de Israel. Caso o Hezbollah faça novas investidas na fronteira com o Líbano, um novo foco de combate pode se estabelecer ao norte de Israel.
O tenente-coronel israelense Richard Hecht afirmou que o país “olha para o Norte” e que espera que o Hezbollah “não cometa o erro de se juntar [ao Hamas]”.