sexta, 22 de novembro de 2024
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Em 6 meses, 59 pessoas morrem em acidentes nas rodovias da região

O número de mortes em acidentes nas seis principais rodovias que cortam a região de Rio Preto de janeiro a junho deste ano aumentou 37% em relação ao mesmo período…

O número de mortes em acidentes nas seis principais rodovias que cortam a região de Rio Preto de janeiro a junho deste ano aumentou 37% em relação ao mesmo período do ano passado.

Levantamento realizado pela Polícia Militar Rodoviária Estadual e Polícia Rodoviária Federal revela que 59 pessoas perderam a vida no primeiro semestre de 2011, contra 43 nos primeiros seis meses de 2010. No total, os acidentes fizeram 1.252 vítimas, entre mortos e feridos, na soma das ocorrências do primeiro semestre de 2010 com o primeiro semestre de 2011.

A rodovia Transbrasiliana (BR-153) foi a que mais matou neste primeiro semestre – 16 vidas perdidas na estrada -, seguida da Euclides da Cunha (SP-320), com 15 mortes. Somando 2010 e 2011, a Euclides é a mais violenta da região, com 35 mortes. Outras 275 pessoas tiveram ferimentos em decorrência de acidentes na estrada. Entre as vítimas, estão o motorista Valentim Tomaz Gasquez, 35 anos, e a dona de casa Carla Pereira dos Santos, 36.

O casal morreu no dia 30 de junho, no trevo de Urânia, ao cruzar a pista num Corcel e o veículo bateu num Chevrolet Montana que seguia no sentido Santa Fé do Sul-Jales. No acidente, ficaram feridos um filho do casal que estava no banco traseiro e o condutor da Montana, o juiz da 1ª Vara de Santa Fé do Sul, José Gilberto Alves Braga Junior, 43.

Para a Polícia Militar Rodoviária, as causas do aumento dos acidentes nas rodovias da região no período estão ligadas principalmente à falta de atenção dos motoristas em relação à sinalização de manobras, ultrapassagens, velocidade e distância de segurança. Além disso, o aumento das mortes está relacionado ao crescimento do número de acidentes envolvendo motocicletas.

Já o inspetor José Zanin Júnior, da PRF, atribui o aumento das ocorrências ao crescimento da frota e do maior número de motoristas que se aventuram pelas rodovias sem a experiência necessária. “O espaço e o tempo para se fazer uma ultrapassagem numa rodovia é muito diferente dos da cidade.” Ele também considera que a gravidade do acidente está relacionada à velocidade imprimida pelos motoristas, o que interfere nos números da Transbrasiliana. “No caso da BR-153, um motorista que antes não desenvolvia velocidade excessiva por causa dos buracos, agora consegue, e com isso corre o risco de se envolver em acidentes de maior gravidade”, diz ele.

O trecho da BR-153 na região de Rio Preto (136 quilômetros) registrou 16 mortes em acidentes no primeiro semestre deste ano, e oito no mesmo período de 2010. Lucia Batista Koguchi, 58, moradora do São Manoel, foi uma das vítimas da Transbrasiliana. Ela morreu no dia 12 de maio, quando dirigia seu Gol e bateu de frente com um caminhão bitrem da Constroeste, em frente ao trevo de acesso ao Leilão Anísio Haddad e à avenida Juscelino Kubitschek. O resgate durou mais de 30 minutos, e foi preciso o uso de aparelhos para auxiliar na remoção do corpo, preso nas ferragens.

BR-153: 488 acidentes em 6 meses

A rodovia Transbrasiliana registrou 488 acidentes de janeiro a junho deste ano no trecho da região de Rio Preto. O número é 30% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado. O número de veículos envolvidos nas ocorrência também cresceu, de 660 no primeiro semestre de 2010 para 891 em 2011.

Segundo o inspetor José Zanin Júnior, da PRF, o trecho que concentra a maior parte dos acidentes é o perímetro urbano de Rio Preto, na região da Represa Municipal, que vai do km 59 ao 64,5. “É o trecho da pista dupla e o mais movimentado da rodovia. Uma das características são os engavetamentos, envolvendo de três a cinco veículos, em horários de pico, enquanto que em trechos fora do perímetro urbano a maior parte os acidentes envolve apenas dois veículos.”

A concessionária Transbrasiliana informou que tem investido em melhorias, tanto no pavimento da rodovia quanto em sinalização, e desenvolvido ações educativas para o motorista. “É importante ressaltar que de nada adianta o esforço da concessionária e da Polícia Rodoviária Federal se o motorista não contribuir”, disse, por meio de nota.

Nas rodovias estaduais, a realidade é parecida. Segundo a Polícia Militar Rodoviária, os trechos com maior número de acidentes passam pelo perímetro urbano de cidades de grande porte, como Rio Preto, em razão do elevado volume de tráfego na rodovia Washington Luís. Um dos motivos é que as pistas são utilizadas para facilitar os deslocamentos. É o que acontece com os acessos localizados nas principais avenidas (Clóvis Oger, Bady Bassit, Alberto Andaló e Murchid Homsi, além do acesso para a zona norte, próximo ao viaduto do clube de campo do Palestra).

Na região, a Washington Luís teve dez mortes no primeiro semestre deste ano, e 115 feridos. A dona de casa Lilian Daiana da Silva, 26, foi uma das vítimas fatais, em janeiro. Ela estava na garupa de uma moto que foi atingida por um Escort, perto de Mirassol.

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