O governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) liberou, no período de janeiro de 2019 a dezembro de 2022, 1.100 armas por dia para o cidadão comum. No total, 1,6 milhões de armas foram distribuídas pelo Exército e pela Polícia Federal. As informações são do portal SBT News.
O governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) liberou, no período de janeiro de 2019 a dezembro de 2022, 1.100 armas por dia para o cidadão comum. No total, 1,6 milhões de armas foram distribuídas pelo Exército e pela Polícia Federal. As informações são do portal SBT News.
Só pelo Exército, por meio do Sistema de Gerenciamento Militar de Armas (SIGMA), foram 904.858 armas liberadas em quatro anos. Já a Polícia Federal permitiu o registro e porte de mais de 700 mil novos armamentos na gestão Bolsonaro.
Os números são resultado da política armamentista do ex-presidente, que desde a sua campanha ao Planalto, enfatizou que facilitaria o acesso às armas pela população. Ao todo, foram mais de 40 medidas, entre decretos, portarias, instruções normativas e resoluções da Câmara de Comércio Exterior flexibilizando o Estatuto do Desarmamento, de 2003.
Novo governo, novas regras
Poucas horas depois da posse no último domingo (1º.jan), o presidente eleito Lula (PT) assinou um decreto que reduz o acesso às armas e munições e suspende o registro de novas armas de uso restrito de Caçadores, Atiradores e Colecionadores (CACs). Também ficam suspensas as autorizações de novos clubes de tiro até a divulgação de uma nova regulamentação.
Entre as restrições estabelecidas estão a proibição do transporte de arma municiada, a prática de tiro desportivo por menores de 18 anos e a redução de seis para três a quantidade de armas para o cidadão comum. O documento condiciona ainda a autorização de porte de arma apenas mediante comprovação da necessidade.
Foi criado um grupo de trabalho para propor nova regulamentação para o Estatuto do Desarmamento. Além disso, segundo o decreto, todas as armas compradas desde maio de 2019 devem ser recadastradas pelos proprietários em até 60 dias.Tais medidas tentam reverter, pouco a pouco, as mais de 40 publicações que afrouxaram o controle de armas e munições durante o governo Bolsonaro.