terça-feira, 15 de outubro de 2024
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Em 2006, homicídios dobram em Catanduva

Os casos de homicídio tiveram um aumento de 100% no primeiro semestre de 2006 em comparação ao mesmo período do ano anterior. Os dados são do Setor de Inteligência da…

Os casos de homicídio tiveram um aumento de 100% no primeiro semestre de 2006 em comparação ao mesmo período do ano anterior.

Os dados são do Setor de Inteligência da Delegacia Seccional e foram fornecidos, ontem pela manhã, à reportagem do Notícia da Manhã.

Os números revelam que nos primeiros seis meses de 2006 (janeiro a junho) Catanduva registrou oito homicídios, exatamente o dobro daqueles registrados no mesmo período de 2005.
Segundo o delegado Pedro Artuzo, assistente da Seccional, não é possível apontar as razões desse crescimento.

“Homicídio é um delito difícil de definir. Existem diversas modalidades – passionais, brigas familiares, entre outros, e não há uma prevenção específica, pois tudo depende do momento e da pessoa envolvida”.
Como tentativa de frear o número de homicídios na cidade, os órgãos policiais, em conjunto, promovem campanhas regulares de conscientização.

Isto inclui palestras em escolas e em entidades e panfletagem nas ruas.

‘Triângulo das Drogas’ concentra crimes
Além de concentrar o maior índice de venda de drogas em Catanduva, o ‘Triângulo das Drogas’, que envolve os bairros Jardim Bom Pastor, Eldorado e Solo Sagrado, foi cenário da grande parte dos homicídios registrados esse ano.

De acordo com os números apontados no balanço da Seccional, 4 homicídios, ou seja, 50% dos casos ocorreram no ‘Triângulo’. Cerca de metade dos acusados pelos crimes e as vítima fatais tinham envolvimento com drogas e moravam na região.

Caso Zezé é incluído como homicídio
O assassinato da funcionária pública Maria José Zanchetta, a Zezé, que chocou os catanduvenses, é incluído como homicídio, mas, como foi registrado por Pindorama, informou o delegado Pedro Artuzo, não entrou no balanço de homicídios.

Zezé ficou 15 dias desaparecida, até que seu corpo foi localizado em um canavial entre Catanduva e Pindorama. A vítima foi morta com um tiro na cabeça.

A DIG ainda não tem suspeitos dos responsáveis pelo crime e continua incessantemente em buscas dos bandidos.

Dois homicídios ainda não foram esclarecidos
Nesse ano foram registrados dois homicídios em janeiro, três em abril e três em junho. Apenas dois não foram esclarecidos pela Polícia Civil – o do ajudante geral Claudemir César Cardoso, morto a tiros no Bom Pastor, em abril, e o do auxiliar geral Paulo Sérgio de Lima, executado com três tiros no Jardim Ipiranga, em junho. A DIG continua investigando o caso e diligencia os bairros à procura dos foragidos.

Janeiro
No dia 14, o pedreiro Paulo Rigoldi Perez, de 46 anos, foi assassinado com várias facadas no peito, no Jardim Monte Líbano. O autor do crime é o jovem A.A.B., de 20 anos, filho da ex-amásia da vítima. O autor confessou o crime dias depois e foi preso.

No dia 25, outro pedreiro foi assassinado. José Fernando Brás, de 34 anos, morreu com três tiros na cabeça dentro de sua própria residência, no Jardim Gaviolli. O desempregado F.R.P.P., de 17 anos, fugiu, mas foi capturado após alguns dias pela polícia.

Abril
Na noite do dia 15, o comerciante Milton Valentin Taino, de 56 anos, foi assassinado com dois tiros à queima-roupa enquanto fechava seu bar, situado na rua Júlio César Menino (rua I), Solo Sagrado. O acusado pelo crime, o servente de pedreiro F.E.P., de 25 anos, foi preso depois de vários dias foragido.

Entre às 21 e 22 horas do dia 24, dois crimes violentos foram registrados pela polícia no Solo Sagrado e Bom Pastor.

O primeiro caso envolveu o envernizador de vasos Ronaldo Aparecido de Andrade, de 20 anos, que foi atingido por facadas na praça ‘Soldado Benedito Pereira’, Solo. O menor E.A.R., de 15 anos, apresentou-se na DIG e confessou ter matado Andrade por motivos passionais.
No mesmo dia, o ajudante geral Claudemir César Cardoso, de 28 anos, levou dois tiros no Bom Pastor e morreu a caminho do hospital. O acusado do crime continua foragido.

Junho
No dia oito, o auxiliar geral Paulo Sérgio de Lima, de 22 anos, foi executado com três tiros no Jardim Ipiranga. A vítima levou dois tiros no peito e um na mão esquerda e morreu no local. O autor do crime ainda não foi identificado.

No dia 14, o lavrador José dos Santos, de 41 anos, foi morto com vários tiros dentro de sua residência, no Jardim Eldorado. O autor do crime, o menor E.C., de 15 anos, enteado da vítima, entregou-se e confessou ter matado o lavrador dias depois de cometer o ato.

No dia 24, o pedreiro Valdemir Batista dos Santos, de 31 anos, foi morto a facadas, na Alameda Oriente, Cecap I. O autor do crime, o autônomo J.H.F., de 27 anos, conhecido como ‘Macarrão’, continua foragido.

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