A polícia encontrou uma carta manchada de sangue no bolso de uma jaqueta que Lázaro Barbosa usava no dia em que foi morto pela polícia em 28 de junho, após 20 dias de buscas.
No papel, escrito à mão, Barbosa pediu por ajuda – “Por favor, mano, não me deixa na mão” – e, caso a carta tenha a veracidade confirmada, Lázaro temia aquele que seria o fim da história: “Eu só quero que eles não cheguem perto de mim. São muitos e tão só pra me matar”, escreveu.
O criminoso também afirmou que não se entregaria, mesmo sem ter nenhuma munição. No entanto, Barbosa diz ter “35 munições de 380” no barraco em que estava escondido. A mensagem vem com uma promessa de “500” reais pelo “corre” ao destinatário.
Lázaro, em outro momento, afirmou que muitas mentiras foram divulgadas sobre ele, na mídia. “Mas isso só dá pra falar se fosse pessoalmente”, complementou.
A polícia investiga se o criminoso faz parte de uma rede de apoio, menor do que se pensava, mas com ajuda de empresários, fazendeiros e políticos. A investigação apontou que Lázaro Barbosa, de fato, não agiu sozinho. O fazendeiro Elmi Caeano foi preso suspeito de esconder o criminoso.
Lázaro Barbosa foi atingido por 39 tiros, dos 125 disparados pela polícia após buscas com centenas de agentes e milhões gastos na operação. Sem a versão do criminoso, morto, resta à polícia descobrir o que está por trás dos crimes e invasões cometidas pelo assassino.