Na madrugada do último domingo, Maurício Pereira da Silva, proprietário de uma pousada em Riolândia, foi testemunha de um suposto fenômeno ufológico. “Por volta das três horas da manhã, levantei para ir ao banheiro e beber água. De repente, ouvi um barulho muito alto de cana se quebrando. Pensei que fosse um vento muito forte, que iria destruir tudo. Então, vi, na minha plantação de cana-de-açúcar, um objeto muito grande, que não era redondo, com várias luzes amarelas e bem fraquinhas e que não emitia ruídos”, relata Pereira.
Ele conta que o óvni estava a uma distância de 50 metros da pousada. “Havia muitos hóspedes na casa e eu não quis assustar ninguém. Fui para a cama, mas fiquei intrigado e decidi verificar o ocorrido. Porém, quando cheguei na plantação de cana, vi apenas o buraco. Já vi objetos estranhos no céu outras vezes, mas nada desse porte. Nunca contei para ninguém porque tive receio de ser chamado de louco”.
A história só “vazou” porque um dos hóspedes de Pereira avisou a equipe de uma TV, que contatou um ufólogo e foi fazer uma matéria no local. “Resolvi contar o que vi e ouvi porque um ufólogo, pessoa estudiosa do assunto, conversou comigo e me acalmou. Agora, aqui parece ponto turístico, todo mundo quer ver o local onde o óvni pousou”.
Jorge Neri, o ufólogo que esteve no local na última segunda-feira, diz que se o tempo estiver bom, hoje, sobrevoará a propriedade de Pereira para ter uma noção mais abrangente do fenômeno. Neri é ufólogo desde 1988 e desenvolve pesquisas de campo pelo Inape (Instituto de Astronomia e Pesquisas Espaciais) de Araçatuba. “O que ocorreu em Riolândia pode ter sido o pouso de um óvni ou sinais inscritos como os que aparecem comumente nos campos ingleses, chamados de “crop circles”, ou círculos ingleses. Constataremos, com certeza, quando sobrevoarmos a propriedade. É raro ocorrerem fenômenos desse tipo no Brasil. Temos registrados apenas três casos pequenos do tipo, dois no Estado de São Paulo e um em Minas Gerais”.
Neri destaca que é a primeira vez que uma manifestação ufológica em plantação é observada na região de Votuporanga. “Temos uma base de pesquisas de óvnis localizada entre Votuporanga e Valentim Gentil. É uma área sigilosa, onde desenvolvemos diversas pesquisas e estudos sobre o assunto. O caso de Riolândia é importante, pois foi formado um desenho grande, de aproximadamente 60 metros de diâmetro. É como se o óvni tivesse chego bem perto da casa de Pereira(SIC). O desenho é como um ‘penteado para um lado só’. No local, existem, ainda, dois círculos de oito metros de diâmetro cada”, relata o ufólogo. Ele comenta que não há marcas de rodas em volta do canavial e que, na área do fenômeno, ficou uma marca a 50 centímetros do chão.
“Entrei no meio do desenho e me impressionei. Tive uma sensação ruim, estranha, algo inexplicável. Verificaremos do alto, hoje, se há alguma mensagem no desenho. Ainda não é possível decifrar o sinal, mas sabemos que é um sinal. Precisamos verificar logo; tenho medo de perder conteúdo do caso. É um fenômeno de grau intenso”.
Neri relata que, em sua conversa com Pereira, soube que, na manhã do ocorrido, a pousada ficou em silêncio total. “O dono da pousada disse que os pássaros não cantaram e o cachorro não latiu. Ele contou também que, dias antes do fenômeno, um homem estava pescando em um rio perto da pousada, deu uma saída e, quando voltou, a vara de pescar estava queimada. Uma sobrinha de Pereira me falou que viu um objeto estranho sobrevoando o canavial um pouco antes do provável pouso do óvni e que ele era grande e em forma de melancia ‘chapada'”.
Extraterrestre
Hoje, Neri constatará, após uma nova vistoria no canavial, se existe a necessidade de acionar a Aeronáutica para apoio no monitoramento de óvnis. “Já foi feito isso outras vezes, por solicitação da própria Aeronáutica. O fenômeno de Riolândia deixou vestígios interessantes de presença física. Não é possível entrar um trator lá, por exemplo, a não ser que ele seja gigante. O que ocorreu foi realmente uma manifestação extraterrestre”.
Sinais
O ufólogo Gener Silva, de Araçatuba, que também integra o Inape, ressalta que estará hoje em Riolândia e verificará se as marcas existentes no canavial têm as mesmas características das marcas existentes nos campos ingleses. “Parece que realmente temos um fenômeno de natureza ufológica. O mais importante é que temos constatações reais. Testemunhas viram e ouviram e há os sinais no chão. As pessoas não levam a ufologia muito a sério e, em Riolândia, o fato é concreto. Talvez tenha ocorrido a visita de seres de outros planetas, afinal o tamanho do universo é imensurável”.
O especialista descarta a possibilidade de ter sido um outro objeto voador (avião ou helicóptero, por exemplo) que tenha pousado no canavial. “Isso não aconteceu. Primeiro, pela dimensão do desenho. Segundo, porque ninguém ouviu barulho de motores; o dono da pousada ouviu apenas o barulho das canas se quebrando. Imagine o barulho que um avião ou helicóptero fariam!”. Silva salienta que a expectativa é de que ocorram outros fenômenos na região. “É possível que estejamos entrando em uma época de bastante ocorrência, especialmente nas madrugadas. Nossa macrorregião é rica em casuística, o problema é que poucas pessoas olham para cima, observam o céu”.
O Inape
O Inape se dedica ao estudo, pesquisas e divulgação nas áreas de astronomia, ufologia e astronáutica e presta serviços à comunidade, através de palestras, cursos e demonstrações públicas. A intenção do Instituto é incentivar a curiosidade científica e a conscientização ecológica. Dentro do campo da pesquisa ufológica, o Inape procura atuar com critérios científicos, demonstrando a autenticidade ou não das casuísticas, pelo estudo exaustivo das evidências materiais produzidas, assim como dos registros em filme, vídeo ou radar, em analogia aos fenômenos terrestres conhecidos.
Os interessados em obter informações sobre assuntos ufológicos podem enviar um e-mail para o Instituto: inape@terra.com.br (Ester Alkimim)