A reunião entre jogadores e diretoria do Figueirense não mudou o panorama atual do clube catarinense. Ao invés de um acordo para que se chegasse ao fim da greve que já dura seis dias, o elenco anunciou que vai seguir sem treinar e ainda manifestou insatisfação pelo modo como o clube vem conduzindo a situação.
Os jogadores desaprovaram a diretoria por ter exposto o volante e capitão Zé Antônio, citado em nota oficial, na qual o clube diz que o atleta era um dos que recebeu parte do pagamento atrasado.
“Devido a uma nota publicada hoje, através da comunicação do clube, foi dito que os salários foram pagos e colocados em dia. É mentira. Foram pagos salários, sim, mas tem muita coisa para ser resolvida ainda. Não foi quitado tudo, mesmo com tudo isso, por uma irresponsabilidade completa do diretor de marketing do clube, citou meu nome no final tentando jogar a torcida contra mim e os atletas. Então vamos relatar tudo o que acontece e o atraso total”, explicou Zé Antônio.
Segundo o porta-voz e capitão do elenco, os funcionários estão sem recolhimento de FGTS “há vários anos”, além de salários de outubro, novembro e férias de 2018 atrasados. Nas categorias de base, os profissionais não receberam dez meses de salário entre 2018 e 2019, além da CLT de agosto a novembro de 2018, julho de 2019 e férias.
Também foram citados comissões técnicas da base e do profissional, que têm salários atrasados de novembro e dezembro de 2017, julho, agosto, setembro e novembro de 2018, julho de 2019 e férias.
Diante de tudo isso, um novo W.O. no sábado, contra o CRB, no Orlando Scarpelli, não está descartado. Questionados sobre essa possibilidade, os jogadores disseram: “Saberemos nos próximos dias”. Se isso acontecer, o Figueirense deve ser excluído da Série B e automaticamente rebaixado para a Série C.