Desde a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por condenação na Operação Lava Jato, um grupo de 500 a mil pessoas foi a Curitiba, no Paraná, onde ele está preso, e montou um acampamento próximo à sede da Polícia Federal.
O acampamento “Lula Livre” está chateando muitos vizinhos, mas também deu uma aquecida na economia local.
Quem pegou uma casquinha dessa mobilização foi Eduardo Maciel, de 20 anos, morador do bairro de Santa Cândida e, ironicamente, eleitor declarado de Jair Bolsonaro. Em sua casa, recebe os militantes petistas vendendo acesso ao banheiro e à tomada, valiosa na hora de carregar o celular, informa o site Banda B.
Uma placa na porta dá o valor de cada coisa: “Número 1 – R$ 2, número 2 – R$ 3, Banho: R$ 4, carregamento de celular – R$ 2.”
“Faturamos entre R$ 300 e R$ 400 por dia”, afirma Maciel. “Voto no Bolsonaro. Vi os vídeos dele e gostei. Se o Lula está preso, não é por acaso”, disse à reportagem, sob olhares feios da fila de petistas na porta de sua casa.