A jovem Yursa Mardini, de 18 anos, luta por uma vaga no time olímpico que será montado apenas com atletas refugiados. O que já seria uma ação das mais nobres, torna-se ainda maior quando conhecemos a história pessoal da nadadora.
Ela e a irmã, Sarah, fugiram de Damasco em agosto do ano passado. Elas passaram por Líbano e Turquia, onde conseguiram um barco inflável para que fossem até a Grécia, junto a mais 20 pessoas. Para evitar que o barco onde estavam afundasse, Sarah e Yursa precisaram nadar.
Diz ela, em entrevista ao Guardian, que a parte mais difícil foi ajudar os refugiados que não sabiam nadar: “Seria muito ruim se não ajudássemos as pessoas que estavam conosco, até porque muitas não sabiam nadar. Passei a odiar o mar depois daquele dia”, conta. Foram de três a quatro longas horas de braçadas no mar.
Após a chegada heroica à Grécia, Yursa foi para a Alemanha, onde vive atualmente. E é lá onde tem treinado para tentar disputar a Olimpíada deste ano, no Rio de Janeiro. “Quero mostrar que é sempre difícil realizar seus sonhos, mas não é impossível”, disse a menina ao site oficialdo Comitê Olímpico Internacional.