Depois da desistência dos sucessores de Sandra Regina de Godoy que pediu demissão da provedoria da Santa Casa de Fernandópolis, o empresário e produtor rural Edilberto Sartin assume a direção da entidade até fevereiro de 2018.
A escolha do nome dele foi feita pelo Conselho administrativo da entidade na última terça-feira, dia 3, sem qualquer tipo de publicidade. O fato, de suma importância para a sociedade ficou escondido por três dias.
Sartin assume a entidade em meio a uma crise, interna, política e econômica decorrente do fechamento do Pronto Socorro e forças ocultas existente dentro da Santa Casa. Em 28 de dezembro de 2016, Sandra Godoy alegou que a união que levou a Santa Casa a conquistar a confiança e apoio de toda a região já não existe mais.
“Essa paz foi prejudicada por divergências supervenientes. Infelizmente, após a eleição de fevereiro de 2016, quando fui reconduzida ao cargo, tenho sofrido sistemática oposição de uma ala do conselho, oposição essa que começou de forma sutil e se tornou ferrenha, particularmente pela atuação de neófitos, integrantes do Conselho Administrativo”, escreveu na carta.
O que causa estranheza é que este mesmo conselho, que defendeu a recondução da ex-provedora ao cargo, barrou a apresentação de uma chapa alternativa em uma concorrência eleitoral direta. Foi o que manifestou o bioquímico Carlos Lima que tentou montar uma chapa alternativa, mas foi “convidado” a desistir.
A falta de transparência as contas da entidade já desmotivou muitos empresários e pessoas de bem que vestiam a camisa para angariar fundo para a entidade. A Santa Casa raramente faz a prestação de contadas sobre os investimentos aplicados com recursos provenientes de leilões, rifas, sorteios, jantares e outros benefícios recebidos por terceiro.
Para o algumas pessoas, parece que existe uma blindagem na entidade que sobre a abertura da caixa preta da entidade. Nos últimos aos houve um apelo social e político para a abertura das contas da Irmandade. A reportagem do RN chegou a ser perseguida e impedida de participar de uma reunião conduzida pela o ex-provedor Geraldo de Carvalho, que na época fez uma prestação superficial da entidades após diversas pressões. Meses depois pediu demissão.
O fechamento do Pronto Socorro ainda é questionado na população. A Santa Casa alega que prefeituras deixaram de realizar repasses o que teria acarretado o acumulo de dívidas, mas todos os pacientes atendidos foram classificados como usuários do SUS (Serviço Único de Saúde). Subentende-se que a Santa Casa recebia duas vezes por um único atendimento, ou seja, ganhava do SUS e da prefeitura, dependendo da origem do paciente.
É de conhecimento público que o SUS paga muito mal pelos procedimentos, mas quem sai prejudicado é a população mais carente.