quinta-feira, 19 de setembro de 2024
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É Apenas um Convite

Uma vez um parente resolveu nos presentear com uma viagem para Camboriú, com tudo pago, iríamos com o meu carro, mas a gasolina, pouso, alimentação, passeios totalmente pagos, foi muito…

Uma vez um parente resolveu nos presentear com uma viagem para Camboriú, com tudo pago, iríamos com o meu carro, mas a gasolina, pouso, alimentação, passeios totalmente pagos, foi muito bom, muito prazeroso e divertido, dentre todas as coisas lindas que me chamaram a atenção, uma em particular marcou minha vida, uma daquelas lições de vida que só aprendemos na prática da vida.
Creio que nunca mais esquecerei, e fica aqui seu registro, foi durante a inda para lá, Durant a viagem de ida, quando mudamos de Estado, a velocidade permitida aumentou e eu como bom motorista apertei o pé e fui rapidamente para a máxima, durante o caminho ao longe avistei um pássaro na pista, ele estava no meio da rodovia nas faixas, não dei muita importância e continuei, à medida que me aproximava aquele pássaro não alçava vôo, continuava ai parado.
Era como se estivesse desafiando o próprio medo, não voava, quando consegui definir o pássaro era um “Quero Quero”, fiquei chocado:
– Ele não vai voar?
– Esse bicho voa por qualquer coisa!

Tudo isso em questão de segundos, mas lembro de cada imagem e pensamento.
À medida que o carro se aproximava, mais intrigado ficava com aquela atitude:
– Porque ele não voa? Ele pode morrer!
– Se ele vir para o meio da via não poderei desviar!

Quando eu estava a uns 20 metros ele abriu as asas, não para voar, abriu como se quisesse aumentar de tamanho, como se quisesse me intimidar, abriu as asas e colocou a cabeça para frente como se fosse me atacar.
Fiquei espantado! Ele não voou! Passei por ele e ele acompanhou o carro no chão!
Passei a mais ou menos um metro dele, ele só girou acompanhando o carro, como se tivesse me vencido e me espantado.
Porem avia mais de um desafio em jogo, havia mais que um duelo por território ou “ego”, era uma fêmea e quando passei por ela consegui ver perto dela dois filhotes, bem pequenos, como pintinhos.
Eles ao verem o carro correram pra perto dela, e ela ficou lá, dura, intacta.
Quando olhei pelo retrovisor ela estava lá, no chão, olhando meu carro, de asas abertas, encaminhando os seus filhotes para o outro lado da pista.
Em meus pensamentos muitas coisas passaram, mais um da parte de Deus atingiu meu coração em cheio, Ele falou alto e claro sobre um texto que explicou tudo.
Confesso que fiquei pasmo diante daquele pássaro, ele estava disposto a morrer para salvar seus filhotes, a sabedoria de Deus inundou minha alma e me trouxe um texto belíssimo dito por Jesus:

Texto: Lucas 13:34 “… Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes quis eu reunir teus filhos como a galinha ajunta os do seu próprio ninho debaixo das asas, e vós não o quisestes!…”.

01 – O convite:

Esse texto em Lucas é um convite ao órfão, ao solitário e errante.
É como um jovem estranho que olha para nós estende os braços, abre um sorriso e espera.
Quando nos atemos àquele ato, vemos em sua camiseta um convite:
– Abraço Grátis!

O problema com esse tipo de convite é tudo o que implica: um toque em um estranho, a desconfiança baseada em nossas malícias interiores, o fato interno de alto-afirmação, a “desnecessidade” do próximo, nossas alto-afirmações de que não precisamos do outro, de que somos uma ilha e ainda a ingênua e medíocre interpretação de que o carente é esse coitado implorando por abraço:
– Deve ser órfão!
– Não deve ter nenhum amigo!
– Deve ser odioso!

Não é estranho esse raciocínio, Jesus ofereceu o abraço, mas nós só conseguimos ver a sua comparação:
Uma galinha, uma “burra” galinha que não tem quase cérebro e que não enxerga um palmo de seu bico; não enxergamos sua coragem, seu enfrentamento.
Para muitos hoje acostumados a comprar frango no mercado, cujo conhecimento se estende à avicultura industrial:
Ovos – Chocadeira – Pintinhos “Órfãos” – Engorda e Abate.
Tem gente que nunca viu uma galinha cuidando de um filhote.
A galinha pode ser “burra”, mas tem um “amor” por assim dizer incrível.
Ela põe os ovos e fica no ninho chocando, porem para que os ovos nasçam ela precisa deixá-los aquecidos e para isso ela fica “doente”, atinge seu limite vital em febre, tudo isso pelos ovos.
Quando nascem ela os ensina a caminhar e se alimentar, os protege com a própria vida se preciso for.
Quando chove ela os abriga de baixo de suas asas, ela fica toda molhada mais seus filhotes secos e aquecidos.
À noite ela não sobe mais no poleiro seguro, ela fica no chão com seus filhotes sempre debaixo de suas asas.
Ela pode ser “burra”, mais “ama” mais que a própria vida.

Desfecho: Texto: Mateus 23:37-39 “… Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes quis eu reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e vós não o quisestes!
38 Eis que a vossa casa vos ficará deserta.
39 Declaro-vos, pois, que, desde agora, já não me vereis, até que venhais a dizer: Bendito o que vem em nome do Senhor! …”.

Parece o mesmo texto, mas o primeiro foi dito durante sua vida como um convite:
– Vinde a mim.
Como a galinha chamando seus filhotes para debaixo de suas asas.

Agora este texto é uma despedida e uma promessa de amor:
– Vou morrer por vocês e vocês ficarão sós.
– Só me verão novamente quando eu voltar pra vos buscar.

Poderíamos caminhar para uma vasta gama de interpretações e exortações, mas eu quero separar apenas uma semente, uma única semente para finalizar esse assunto.
Não quero empobrecer o texto, apenas separar uma única semente do pote e plantá-la no fundo do seu coração.

O primeiro texto foi um convite e uma despedida:
– Eu quis trazer vocês para debaixo das minhas asas.
– Vocês estão só quero vos proteger, acolher e amar.
– Eu vou morrer por vocês e vocês sentiram minha falta, a casa vai ficar vazia, mais não para sempre, vou voltar pra vos buscar.

Hoje um convite especial:
– Eu provei o meu amor por você, e o convite esta de pé, venha para debaixo de minhas asas.
– É você que não quer, eu continuo de braços abertos.

Texto: Mateus 11:28“… Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei…”

Parafraseando:
– Vinde a mim os órfãos, os perdidos, os desorientados, os cheios de justiça própria, os que acham que um pouco de dinheiro, poder ou beleza possuem alguma coisa.
– Vinde a mim os homossexuais e os homo fóbicos, as prostitutas e os prostitutos.
– Vinde a mim os certinhos e os errados, bêbados, adúlteros e fracos.

– Vinde! Eu quero acolhe-los como a galinha acolhe seus filhotes, quero protegê-los como o “Quero-Quero” que de braços abertos enfrentou o impossível por você.
– Vinde a mim!

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