sexta, 15 de novembro de 2024
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Duas pessoas suspeitas de atearem fogo em travesti são detidas

Duas pessoas, suspeitas de aterem fogo contra uma travesti no começo desta semana, foram detidas pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) em Rio Preto. As prisões aconteceram entre a tarde…

Duas pessoas, suspeitas de aterem fogo contra uma travesti no começo desta semana, foram detidas pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) em Rio Preto.

As prisões aconteceram entre a tarde desta quinta-feira, dia 29, e manhã desta sexta, 30. Outra travesti e um homem, que conviviam na mesma pensão estão com prisões temporárias decretas. A princípio o caso foi tratado como uma possível intolerância sexual contra a vítima, que ainda permanece em estado grave em Bauru.

De acordo com o boletim de ocorrência registrado no dia dos fatos, a travesti de 25 anos estava fazendo programas sexuais no Parque Industrial quando se aproximaram três desconhecidos. Um deles teria jogado álcool contra a vítima e outro ateado fogo.

Mesmo com graves queimaduras de terceiro grau no rosto, membros superiores e tórax, a travesti teria ido para casa dormir e só depois foi até o Hospital de Base, onde foi interada em estado grave. Devido a gravidade das lesões ela precisou ser transferida para Bauru, onde permanece na UTI, em um setor especializado em queimaduras.

O crime, no primeiro momento foi registrado como tentativa de homicídio ligado a intolerância sexual. Segundo o delegado Vander Solgon, as investigações começaram logo após o registro.

“O que nos muito chamou a atenção foi o fato das pessoas que moram na pensão afirmarem em depoimento que a vítima foi atacada na avenida Cenobolino de Barros Serra na madrugada e, antes de procurar ajuda médica, foi para a casa dormir. Isso seria impossível devido a gravidade dos ferimentos e levantou suspeita que o crime teria acontecido dentro da pensão e não no Parque Industrial” explica Solgon.

De acordo com o delegado, foi solicitamos um mandado de buscas na pensão, que fica no bairro Mirante, zona norte de Rio Preto. Também foram expedidos os pedidos de prisões temporárias do caseiro e de outra travesti que moravam no mesmo imóvel.

“Nos relatos apresentados pelas duas partes, ambos admitiram que o fato aconteceu na pensão, porém cada um apresentou sua versão. O caseiro alega que a travesti de nome social Lavínia descobriu que a vítima, Hillary, teria tido um caso com um ex-companheiro. Quando a ela chegou a pensão, a Lavínia teria jogado álcool em Hillary e ateando fogo logo em seguida. Já a versão de Lavínia, ela alega que teve sim um desentendimento com a vítima, mas o caseiro teria ateado fogo em Hillary teria sido o caseiro” explica o delegado.

Tanto a travesti quanto o caseiro ficaram detido até a conclusão das investigações. Ainda não foi possível colher a versão da vítima devido à gravidade de seu quadro clínico. A hipótese de crime de intolerância sexual foi descartada.

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