O candidato ao governo do estado de São Paulo João Doria (PSDB) voltou a insinuar nesta quarta-feira (24) que adversários estejam por trás da divulgação do vídeo em que ele supostamente aparece em uma orgia sexual -o tucano diz se tratar de uma montagem.
“Evidentemente, quando você chega na final de uma eleição, ganhando as eleições, é natural que haja uma certa suspeita de que uma parte tenha interesse em nos prejudicar frontalmente”, disse Doria, em agenda de campanha na zona leste da capital paulista, durante a manhã.
O ex-prefeito falou, no entanto, que tem sido “prudente” e evitado acusar sem provas. Aliados dele, em conversas privadas, dizem acreditar haver envolvimento do atual governador e adversário na corrida eleitoral, Márcio França (PSB), que nega.
O tucano afirmou estar indignado “com posturas desse tipo que afetam a família, os filhos, uma história de pessoas” e cobrou empenho da Justiça no combate a notícias falsas.
Advogados de Doria estão entrando com uma representação na Justiça Eleitoral para pedir que seja apurada “a autoria do crime de difamação eleitoral e fake news”, segundo a campanha do PSDB.
Nesta terça (23), dia do vazamento do vídeo em redes sociais, Doria foi questionado se suspeitava de participação do oponente e respondeu: “É provável, mas eu não quero fazer acusações sem ter certeza”.
A mulher do ex-prefeito, Bia Doria, também corroborou a tese. “É por isso que ele [França] está quieto hoje. Porque ele já aprontou a outra do dia, né?”, disse a artista plástica ao fim do debate promovido nesta terça por Folha de S.Paulo, UOL e SBT.
O embate foi mais tranquilo que os anteriores, sem troca de acusações e xingamentos.
Ao chegar para o confronto na emissora, França buscou se dissociar do vídeo e disse repudiar atos do tipo. “Eu não tenho nada a ver com isso. Repudio qualquer coisa de utilização pessoal em campanha eleitoral”, afirmou o candidato. Com informações da Folhapresas.