O governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB), reforçou nesta sexta-feira (5) críticas ao presidente Jair Bolsonaro – e às recentes falas do chefe do Executivo federal – contra medidas restritivas tomadas para conter a disseminação do novo coronavírus. De acordo com o governador, no pior momento da pandemia, Bolsonaro exalta o “chega de mimimi”, “parem de frescura”, “vão chorar até quando”, “quer vacina, vai pedir pra sua mãe”.
Sobre as falas, o Doria disse sentir “tristeza” e “vergonha” da forma como Bolsonaro encara a pandemia. “Triste, muito triste um país que tem um presidente da República que, diante de uma pandemia desta ordem, mais de 260 mil brasileiros mortos, se comporta dessa maneira. Que presidente é esse que nós elegemos pro Brasil? Que tristeza, que vergonha”, disse o governador durante entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.
Ainda segundo o governador, a saúde pública no Brasil está na iminência de sofrer um colapso. “Nosso país virou uma ameaça não somente aos brasileiros, mas ao mundo” afirmou.
Doria continuou sua crítica dizendo que o “custo Bolsonaro” antes prejudicava a saúde e a vida “o que já seria gravíssimo”, afirmou. “Hoje, o custo Bolsonaro adoece a Economia, aumenta o desemprego, amplia a falta de credibilidade do Brasil em todos os mercados internacionais”.
Ontem (4), durante visita à São Simão (GO) para inaugurar trecho de ferrovia, Bolsonaro declarou: “Vocês (produtores rurais) não ficaram em casa, não se acovardaram, nós temos que enfrentar os nossos problemas, chega de frescura e de mimimi. Vão ficar chorando até quando? Temos que enfrentar os problemas”.
O presidente também rebateu um cidadão presente que questionava a falta de vacinas em municípios pelo País. “Tem idiota nas redes sociais e na imprensa dizendo vai comprar vacina. Só se for na casa da tua mãe! Não tem para vender no mundo!”, disparou