Nem a morte pode impedir a perpetuação da fama e dos likes. É o que prova o que donos de animais estão fazendo para que as suas populares páginas no Instagram não morram quando os bichos partirem.
A solução, simplesmente, é cloná-los, para eternizar a fama alcançada na rede social dos “petfluencers”.
O processo é realizado por empresas como a ViaGen, baseada no Texas (EUA). Por alguns milhares de dólares é possível fazer a clonagem e garantir a imortalidade dos influenciadores de quatro patas. A companhia utiliza tecnologia semelhante à fertilização in vitro. Células do animal de estimação original são manipuladas para se fazer um embrião, que é então transferido para uma “barriga de aluguel”.
“Alguém poderia clonar seu animal de estimação e substituir o original. O mundo não precisa saber. Eles podem nunca saber”, disse Melain Rodriguez, gerente de atendimento ao cliente da ViaGen.
Mas o segredo não faz parte do negócio. Muitos perfis no Instagram admitem a clonagem dos seus “melhores amigos”, como @ipartywithbrucewayne e @clash_of_the_clones.
Porém um deles chama mais atenção. Trata-se de @wander_with_willow, com mais de 140 mil seguidores. Inicialmente, a página foi criada para contar a vida da cadela Willow. Mas o animal acabou morrendo por atropelamento.
A solução encontrada pela tutora do animal, Udvar-Hazy, da Califórnia (EUA), foi apelar para a clonagem. O processo conseguiu produzir três animais idênticos a partir de Willow.
“Recebo muita crítica pesada por causa da clonagem. As pessoas dizem que eu tenho cães zumbis, ou me chamam de garota rica e louca. Foi doloroso para mim no começo”, disse Udvar-Hazy, de acordo com reportagem do “Sun”.
“Eu tinha uma conexão muito especial com Willow. Eu tirava fotos dela diariamente. Ela era minha musa”, acrescentou a americana, que ganha dinheiro com postagens patrocinadas estreladas pelos seus cães.
Para ela, a dor da perda e a necessidade de acompanhar os passos dos pets foram a principal motivação para clonar Willow. Para outros animais influenciadores, a questão pode ser mais financeira.
“Se alguém ganha a vida com seu animal de estimação e, de repente, seu pet se vai, o que ele faz?”, indagou Melain, da ViaGen.