quinta-feira, 26 de setembro de 2024
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Dono de drone usado em ação contra apoiadores de Lula é preso

Está preso em Uberlândia Rodrigo Luiz Parreira, apontado pela polícia como o principal responsável pelo ataque a apoiadores de Lula e Alexandre Kalil durante evento de pré-campanha, em 15 de…

Está preso em Uberlândia Rodrigo Luiz Parreira, apontado pela polícia como o principal responsável pelo ataque a apoiadores de Lula e Alexandre Kalil durante evento de pré-campanha, em 15 de junho na cidade.

Parreira, de 38 anos, foi alvo de uma ação do Ministério Público Federal (MPF) e de outras forças de segurança na manhã da última sexta-feira (1º), quando foram cumpridos mandados de busca e apreensão em pelo menos 5 endereços atribuídos a ele.

A informação foi confirmada ao g1 pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp), nesta terça-feira (5).

Segundo a Sejusp, após a ação, Rodrigo deu entrada no Presídio de Uberlândia, no sábado (2). O MPF confirmou a prisão preventiva dele, mas não passou detalhou quais foram os motivos exatos, já que o processo está sob sigilo.

A reportagem entrou em contato nesta terça com o advogado de Rodrigo Parreira. Pelo telefone, Benedito Vieira disse que só se manifestará sobre a prisão pessoalmente, o que não foi possível até a publicação deste texto.

Investigações
Em depoimento à polícia, Rodrigo disse ser o dono do drone que soltou líquido de odor forte sobre as pessoas. Durante as buscas, o Ministério Público Federal (MPF) teria descoberto indícios que Rodrigo falsificou documentos para obter o Certificado de Registro Pessoa Física – Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC).

O MPF instaurou procedimento por se tratar de uso de “aeronave”, que é regulado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e, portanto, a atribuição de investigar é federal, de acordo com a procuradoria.

No dia da operação, a defesa do Rodrigo Luiz Parreira, por meio do advogado, disse por telefone à TV Integração que havia tomado conhecimento da operação do Ministério Público Federal e que acompanhou o cliente durante a oitiva realizada na delegacia da Polícia Federal de Uberlândia, onde os esclarecimentos possíveis foram prestados à autoridade policial.

“Nem a defesa nem o investigado tiveram acesso a qualquer peça do procedimento instaurado pelo procurador Onésio Soares Amaral”, disse o advogado na época.

Benedito Vieira disse ainda não saber a motivação para a ação, “uma vez que a origem dos fatos decorre de evento em que foi designado a responsabilidade da investigação ao Gaeco e ao Ministério Público Estadual”.

Ainda conforme o advogado, “a defesa contribuiu com o que pode com a autoridade policial e quer acreditar que o investigado não esteja sendo perseguido por questões ou influências políticas ideológicas, pois a acusação do dia 15 de junho foi esclarecida que não se tratou de nenhum ato político”.

Boletim de ocorrência
Diferente do que disse a defesa, Rodrigo Luiz Parreira relatou aos policiais no dia 15 de junho, que havia contratado Charles Wender Oliveira Souza e Daniel Rodrigues de Oliveira, para jogar o produtos nos apoiadores de Lula, porque estava insatisfeito com as políticas do ex-prefeito de Uberlândia, Gilmar Machado (PT).

“Este relatou para a guarnição o seguinte: em razão de estar inconformado com as políticas do ex-prefeito da cidade de Uberlândia, o senhor Gilmar Machado, e por este estar patrocinando a vinda do ex-exmo senhor presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, a fim de fazer política, contratou duas pessoas para que fosse jogado sobre as pessoas um produto comumente utilizado para atrair moscas (target)”, diz trecho extraído do boletim.

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