A doleira Nelma Kodama, identificada pelo juiz Sergio Moro como “uma personalidade voltada para o crime”, deu uma entrevista bombástica à revista Veja.
Posando para fotos sensuais com sua tornozeleira eletrônica, ela disse que “vivia na sombra” e que, por isso, usava pseudônimos como “Greta Garbo”, “Angelina Jolie” e “Cameron Diaz”. Ex-namorada do também doleiro Alberto Youssef e com uma dívida de R$ 15 milhões, ela passou dois anos presa em regime fechado e agora está em casa com uma incômoda tornozeleira eletrônica. “Incomoda porque eu não posso tirar. Também me deu alergia e fico com a perna coçando”, disse à revista.
O tempo na cadeia foi duro, mas ela afirma ter se transformado.
“Todo dia eu aprendia coisas novas, como limpar um chão, um banheiro. Hoje, faço uma faxina como ninguém”, afirmou. Ela foi acusada de carregar 200 mil euros na calcinha, o que nega com veemência, com uma explicação bastante plausível: “Duzentos mil euros divididos em dois pacotinhos fazem um volume bem pequeno. Eles estavam guardados nos bolsos de trás da minha calça. Sem falar que por dinheiro nas partes íntimas não é legal. É anti-higiênico e nada sensual.” Nada sensual. Vivendo e aprendendo.