Em queda pelo segundo dia seguido, a moeda norte-americana voltou a fechar no menor valor em mais de dois meses. O dólar comercial encerrou esta quarta-feira (19) vendido a R$ 3,169, com queda de R$ 0,014 (-0,44%). A cotação está no menor nível de fechamento desde 11 de agosto (R$ 3,14).
O dólar começou o dia em alta, mas inverteu a tendência no meio da manhã. Na mínima do dia, por volta das 14h, chegou a ser vendido por R$ 3,167. A divisa acumula queda de 2,54% em outubro e de 19,73% no ano.
Como nas últimas sessões, o Banco Central vendeu hoje US$ 250 milhões em contratos de swap cambial reverso, que equivalem à compra de dólares no mercado futuro. A atuação, no entanto, foi insuficiente para conter a queda da divisa.
A cotação do dólar tem caído nos últimos dias com a proximidade do fim do prazo da regularização de ativos no exterior, também conhecida como repatriação. Até o dia 31, os brasileiros que mantêm legalmente bens e direitos no exterior podem declarar o patrimônio à Receita Federal pagando 15% de Imposto de Renda e 15% de multa, em troca da anistia de crime de evasão de divisas. A medida está provocando a entrada de recursos no país, pressionando para baixo a cotação do dólar.
Copom
O dólar também caiu por causa da expectativa de que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduza a taxa Selic (juros básicos da economia) pela primeira vez em quatro anos. Tradicionalmente, a queda dos juros diminui a entrada de capitais externos, mas a expectativa de que as taxas mais baixas sejam um indicativo de melhora na economia brasileira impulsiona o ingresso de investimentos estrangeiros no país.
No mercado de ações, o dia foi de realização de lucros, quando os investidores vendem ações para embolsar ganhos recentes. Depois de quatro sessões seguidas de alta, o índice Ibovespa, da Bolsa de Valores de São Paulo, fechou em queda de 0,4%, aos 63.527 pontos.