Dois dias depois das eleições presidenciais norte-americanas, o mercado financeiro viveu um dia de turbulências.
A moeda norte-americana teve a maior alta diária em oito anos e a bolsa de valores caiu significativamente. O dólar comercial subiu R$ 0,152 (4,73%) e encerrou esta quinta-feira (10) vendido a R$ 3,361. A moeda fechou no maior valor desde 7 de julho (R$ 3,366).
Desde hoje, o Banco Central não faz mais leilões de swap cambial reverso, que equivalem à compra de dólares no mercado futuro e tinham como objetivo conter a queda do dólar. Há poucos instantes, o órgão anunciou que voltará a rolar (renovar) integralmente os contratos em circulação de swap cambial tradicional, equivalentes à venda de dólares no mercado futuro e que servem para segurar a alta da divisa.
O dia também foi de instabilidade na bolsa de valores. Depois de iniciar o dia em alta, o índice Ibovespa, da Bolsa de Valores de São Paulo, reverteu a trajetória e fechou esta quinta-feira com queda de 3,25%, aos 61.201 pontos. As ações da Petrobras, as mais negociadas, lideraram a queda, com recuo de 4,99% nos papéis ordinários (com direito a voto em assembleia de acionistas) e de 6,91% nos papéis preferenciais (com preferência na distribuição de dividendos).
Em contrapartida, os papéis da mineradora Vale foram na contramão e fecharam em forte alta. As ações ordinárias subiram 7,48%; e as preferenciais, 8,21%.
Além de fatores políticos internos, o mercado financeiro continua influenciado pela eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, que tem provocado turbulências globais no mercado financeiro. A Bolsa de Londres recuou 1,21%. Em Paris, a queda foi 0,28%. Nos Estados Unidos, as bolsas tiveram desempenho misto.
O índice Nasdaq, que engloba as ações das empresas de tecnologia, caiu 0,81%. Em contrapartida, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, fechou em alta de 1,2%, quarto dia seguido de alta e em nível recorde.