Em um dia conturbado no mercado financeiro, a moeda norte-americana aproximou-se de R$ 3,50 e a Bolsa de Valores teve a maior queda diária em dez meses.
O dólar comercial encerrou esta quinta-feira (1º) vendido a R$ 3,468, com alta de R$ 0,081 (2,4%). A cotação fechou no maior nível desde 16 de junho (R$ 3,47).
O índice Ibovespa, da Bolsa de Valores de São Paulo, caiu 3,88%, fechando em 59.507 pontos. No menor nível desde o fim de setembro, o indicador teve a maior queda diária desde 2 de fevereiro, quando tinha despencado 4,87%.
O dólar operou em alta durante toda a sessão, mas a cotação disparou durante a tarde. Na máxima do dia, por volta das 15h30, a moeda encostou em R$ 3,48. Pela sétima sessão seguida, o Banco Central (BC) não interveio no câmbio e não fez leilões de swap cambial, operações que equivalem à venda de dólares no mercado futuro.
Em relação à Bolsa de Valores, as ações da Petrobras, as mais negociadas, caíram 1,41% (papéis ordinários, com direito a voto em assembleia de acionistas) e 3,5% (papéis preferenciais, com preferência na distribuição de dividendos). As maiores perdas, no entanto, foram registradas nas instituições financeiras. As ações do Banco do Brasil caíram 6,6% (papéis ordinários) e 5,58% (papéis preferenciais).
O mercado financeiro viveu um dia tenso após o Comitê de Política Monetária do Banco Central reduzir os juros básicos da economia em 0,25 ponto percentual, para 13,75% ao ano.
Em contrapartida, o Federal Reserve (Banco Central dos Estados Unidos) se reunirá nos próximos dias 13 e 14 e pode aumentar os juros da maior economia do planeta por causa da expectativa de alta dos gastos públicos com presidente norte-americano eleito, Donald Trump.