Policiais da Dise (Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes) de Votuporanga realizaram um esquema de segurança especial na tarde de ontem para transportar quase 20 quilos de drogas que foram incineradas na Usina Noroeste Paulista (UNP), em Sebastianópolis do Sul. Maconha, cocaína, crack, ecstasy e lança perfume viraram cinzas após serem despejados dentro do forno.
A droga queimada foi recolhida durante operações realizadas pela Dise desde o final do ano passado. No entanto, segundo o delegado Antonio Marques do Nascimento, ainda há outros entorpecentes aguardando autorização para serem incinerados, já que a queima acontece quando a Justiça determina, após contato com a Polícia Civil. No total, 13,37 quilos de maconha, 1,59 quilos de cocaína, 4,97 quilos de crack, 97 comprimidos de ecstasy e 18 ml de lança perfume foram incinerados.
Segundo informações da Dise, cada quilo de crack e de maconha custam, em média, R$ 12 mil. A maconha é comercializada em R$ 500, também o quilo; os comprimidos de ecstasy saem a R$ 50, cada, e o tubo de lança perfume também a R$ 50. A estimativa é que os entorpecentes incinerados equivalem a mais de R$ 265 mil.
Além das autoridades policiais e oficial de Justiça, os promotores Cleber Mukawa e Marcos Vinicius Seabra, e o dentista sanitarista estadual, João Batista Bernardo estiveram presentes na Usina Noroeste Paulista. O acompanhamento por parte dos representantes do Ministério Público e da Vigilância Sanitária se fez necessário em razão da lei 11.343 de 23 de agosto de 2006, na qual fala que em casos de incineração é necessária a presença de “representantes do Ministério Público e da autoridade sanitária competente, mediante auto circunstanciado e após a perícia realizada no local da incineração”.