sábado, 26 de outubro de 2024
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Dise desmonta rede que distribuía 10 kg de cocaína por mês

Após dois meses de investigações, com trabalho de inteligência envolvendo interceptação de conversas em 11 linhas telefônicas, a Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes (Dise) de Bauru prendeu, na tarde de…

Após dois meses de investigações, com trabalho de inteligência envolvendo interceptação de conversas em 11 linhas telefônicas, a Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes (Dise) de Bauru prendeu, na tarde de ontem, um homem conhecido como Tuca, acusado de ser o principal distribuidor de cocaína em Bauru. Segundo a delegada Rejani Borro Tiritan, titular da Dise, ele, e um comparsa tiveram a prisão temporária decretada pela Justiça. A rede controlada por ele, segundo a Dise, trazia para a cidade cerca de 10 quilos do entorpecente todos os meses.

No início do mês, as investigações levaram os policiais a um rapaz conhecido como Negão – a Polícia Civil informou apenas os apelidos dos envolvidos. Ele foi preso em flagrante no último dia 6, em sua casa, no Parque Santa Cândida. Na residência, os policiais encontraram 700 gramas de cocaína pura, que de acordo com a Dise, renderia até 7 mil porções para venda no varejo. Ainda no local foram apreendidos celulares, balança de precisão, um Palio e uma motocicleta.

Para chegar à prisão de Negão, o setor de inteligência da Dise trabalhou intensamente durante 60 dias, interceptando conversas telefônicas do que considera ser uma das principais e mais atuantes associações de distribuição de cocaína na cidade. De acordo com Rejani, a suspeita é que eles atuavam há anos em Bauru.

Com os dados coletados, a Dise apurou que o “patrão” da rede seria Tuca, responsável por comprar grandes quantidades de cocaína, cerca de 10 quilos por mês. Segundo Rejani, o quilo da droga era adquirido a R$ 5 mil e revendido a R$ 8,5 mil, para traficantes de Bauru e também da região.

De acordo com o informado pela Dise, a droga chegava de São Paulo trazida por pessoas contratadas, conhecidas como “mulas”, em ônibus de linha. Quando os transportadores chegavam, Tuca e Negão recepcionavam as mulas e inspecionavam a droga, que era entregue para um homem conhecido como Nicão, que também foi preso na tarde de ontem. Ele seria responsável por esconder o entorpecente.

Pelas interceptações telefônicas, os policiais da Dise descobriram que cerca de 13 quilos de cocaína pura chegariam a Bauru no último dia 5. A equipe da delegacia tentou surpreender os traficantes, mas eles conseguiram driblar o cerco policial. Porém, no dia seguinte, a Dise efetuou a prisão de Negão, com parte do carregamento.

Com a reunião das evidências, a Dise pediu à Justiça a prisão temporária de Tuca e Nicão. Na tarde de ontem, a equipe da delegacia prendeu os dois. Eles estavam juntos, em frente à casa de Nicão. Com ele, os policiais apreenderam uma Brasília e com Tuca, uma pickup Corsa, telefones celulares e R$ 580,00 em dinheiro. Na casa acusado de ser o responsável pela rede, foram encontradas agendas e outros documentos relacionados ao tráfico de drogas em Bauru.

Tuca e Nicão foram levados à Cadeia Pública de Duartina. Rejani destaca que agora o trabalho da Dise será focado em descobrir quem vendia o entorpecente para Tuca. “Nosso objetivo é tentar o andar superior, de quem ele estava comprando a droga”, afirma. (Lígia Ligabue)

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