sexta-feira, 20 de setembro de 2024
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Diretores alertam para a falta de leitos hospitalares na região

Durante a inauguração dos 14 leitos de UTI pediátrica no Hospital da Criança e Maternidade (HCM), o diretor da Funfarme (que abrange o HB e o HCM), Jorge Fares, voltou…

Durante a inauguração dos 14 leitos de UTI pediátrica no Hospital da Criança e Maternidade (HCM), o diretor da Funfarme (que abrange o HB e o HCM), Jorge Fares, voltou a falar sobre o déficit de leitos na região de Rio Preto. No início da semana em reunião na Câmara Municipal, ele já havia chamado a atenção para o fato de muitos hospitais particulares de cidades da região terem parado de atender pelo SUS, aumentando a demanda do Hospital de Base.

“A distribuição de leitos na nossa região diminuiu nos últimos 20 anos, seja porque a remuneração é ruim, porque os hospitais privados deixaram de atender SUS, por vários motivos, e ao mesmo tempo a população aumentou”, afirmou Fares.

O diretor também afirmou que houve um aumento nos atendimentos por conta da demanda reprimida na pandemia. A Funfarme atualmente atende mais de 100 municípios da região, com uma população de aproximadamente 1,6 milhão.

“O problema é muito amplo e precisa ser entendido pela população, gestores e prefeitos. A pandemia deixou o sistema de saúde parado por dois anos. Nós atendíamos 30 mil pacientes antes da pandemia e durante a pandemia passou a ser 10 mil. Essa população, por dois anos, ficou sem atendimento adequado e o resultado disso é a piora das doenças, além de cirurgias não realizadas no período, gerando essa grande demanda”, afirmou.

O diretor administrativo do HCM, Antônio Soares, afirmou que o HCM, que chegou a 100% de lotação no início de ano por conta de um surto de síndrome respiratória, continua lotado.

“Nós hoje continuamos com um número muito grande de pacientes internados e estamos praticamente com 100% de ocupação em todos os nossos setores. A emergência, neste momento, volta a ter um período sazional com muitas infecções” , afirmou.

Segundo Soares, além das síndromes respiratórias virais, o HCM também tem realizado muitos atendimentos de casos de dengue e traumas. Ele também falou que por conta das crianças terem ficado isoladas na pandemia, é inevitável que neste retorno elas sejam expostas.

“Essas crianças estão voltando para escola e vão ser expostas de qualquer maneira. Todos os cuidados tem que ser feitos, mas muitas vezes não tem como evitar que a criança seja exposta ao vírus e seja infectada. Algumas dessas complicações serão maiores, por isso que temos que ter essas estrutura para atender os pacientes”, afirmou.

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