

A família de um menino autista não verbal, de 6 anos, acusa a diretora do colégio particular Estudarte, em Campinas (SP), de agredir a criança durante uma crise sensorial. O episódio teria ocorrido no fim de março e veio à tona após uma funcionária da escola gravar a cena com o celular escondido nas roupas. No vídeo, é possível ver o garoto deitado no chão, chorando, enquanto a diretora o segura pelos braços e desfere tapas.


A criança estava matriculada na instituição há menos de duas semanas. A mãe registrou boletim de ocorrência e entrou com uma ação judicial para suspender as atividades da escola. Ela afirma que o filho foi submetido a violência física e psicológica por parte de quem deveria garantir sua segurança e inclusão.
A advogada Thaís Cremasco, que representa a família, afirmou que o caso é um retrato da fragilidade na proteção legal de crianças autistas. “Ao invés de acolher e incluir, a escola marginalizou e violentou o menino. Isso é uma violência contra todas as mães cuidadoras”, declarou.
A defesa informou que irá acionar o Ministério Público, a Vara da Infância e Juventude e a Secretaria de Educação para a apuração do caso, que pode resultar na cassação da licença de funcionamento da escola.
