segunda-feira, 23 de setembro de 2024
Pesquisar
Close this search box.

Diretora de escola vai à polícia por “cyberbullying”

Uma página na rede social Instagram causou polêmica na escola estadual Monsenhor Gonçalves, no bairro Boa Vista, em Rio Preto, e o caso acabou na polícia anteontem. Dois alunos teriam…

Uma página na rede social Instagram causou polêmica na escola estadual Monsenhor Gonçalves, no bairro Boa Vista, em Rio Preto, e o caso acabou na polícia anteontem.

Dois alunos teriam criado a página usando o nome da escola onde postavam fotos de outros estudantes e publicavam mensagens ofensivas.

Segundo o boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi chamada pela diretora e uma professora da escola.

O perfil leva o nome de Monsenhor1 e tem a descrição: Mg fifi – Quer saber das fofocas e falar mal dos alunos do Monsenhor? Lugar certo…

Até agora, 37 fotos foram postadas. Os dois estudantes acusados de criar a página, L. J. R., de 15 anos, e V. L. S., de 15 anos, tiveram os celulares apreendidos. Cópias das imagens e publicações feitas na rede social também foram apreendidas.

A estudante L. R., de 15 anos, foi uma das vítimas. Ela soube que teve uma foto postada na página após um amigo dela avisá-la. “Acho que quanto menos eu ligar, mais rápido eles vão parar de escrever. Não conheço pessoalmente quem criou a página e nem quero conhecer”, disse ela.

Segundo a mãe de um dos alunos, a operadora de marketing K. C. S., de 36 anos, a diretora da escola a proibiu de passar qualquer informação à imprensa. Porém, ela disse que o filho confessou ter criado a página junto com a colega, mas que era apenas uma brincadeira.

A assessoria da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo informou que a escola decidirá quais medidas serão adotadas quanto aos alunos acusados.

O caso foi registrado como injúria e difamação e foi encaminhado para a Delegacia de Defesa da Mulher. Segundo a delegada Dálice Ceron, o caso será investigado pelo serviço de inteligência da polícia especializado em crimes na internet. “Neste caso é preciso pesquisar o ID dos computadores onde a página foi criada para comprovar quem é o responsável”, disse ela. Ainda segundo a delegada, os estudantes responderão ao crime, se comprovada a participação, à Vara da Infância e Juventude.

O BOM DIA tentou entrar em contato com os pais da outra aluna acusada de criar a página, porém ninguém foi encontrado para comentar o assunto.

Notícias relacionadas