quinta-feira, 19 de setembro de 2024
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Diretora de escola em que crianças eram amarradas se entrega

Considerada foragida da Justiça, a diretora da escola particular Colmeia Mágica, investigada por maus-tratos e tortura contra crianças na capital paulista, se entregou à polícia no final da noite dessa…

Considerada foragida da Justiça, a diretora da escola particular Colmeia Mágica, investigada por maus-tratos e tortura contra crianças na capital paulista, se entregou à polícia no final da noite dessa quinta-feira (28/4). Roberta Regina Rossi Serme (foto em destaque), 40 anos, procurou a DP Central de Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo, por volta de 23h30.

A informação foi antecipada pelo G1 e confirmada pelo Metrópoles. De acordo com o delegado Renato Topan, da DP Central de Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo, Roberta deve ser transferida nesta sexta-feira (29/4) para a Penitenciária Feminina de Tremembé, em São Paulo, mesma prisão onde está sua irmã, a pedagoga Fernanda Carolina Rossi Serme. Fernanda, 37, presa na segunda (25/4). Ela estava na casa de parentes, em Mogi das Cruzes.

Além de Roberta e Fernanda, a auxiliar de limpeza Solange da Silva Hernandez, 55, também é alvo de investigação. A escola é acusada de aplicar castigos aos alunos que choravam ou se recusavam a comer.

A escola investigada atendia crianças entre 1 e 6 anos, ou seja, do berçário ao Jardim 2. Gravações que circulam nas redes sociais mostram crianças chorando e com os braços amarrados por panos. Os alunos também aparecem recebendo alimentação em um banheiro.

Investigações da Polícia Cilvil indicam que Roberta Serme ordenava que funcionárias dessem dipirona para crianças dormirem. Roberta teve a prisão decretada na última segunda-feira (21/3).

Uma das professoras da turma de 3 e 4 anos disse, em depoimento, que uma colega de trabalho afirmou que Roberta tinha dado a ordem para dar o medicamento anti-febre para os “bebês dormirem”.

“Ainda segundo informações iniciais, as crianças recebiam remédios como dipirona, sem prescrição médica, para que pudessem ter a pressão abaixada e com isso adormecer”, consta nos autos policiais. “Há relatos de narcotização das crianças para que elas se acalmem, com a ministração de antitérmicos”, afirmou o Ministério Público em 16 de março deste ano.

Em nota divulgada no último dia 16, Roberta e Fernanda Serme afirmaram que as denúncias de pais de alunos e professores são “incabíveis, inverídicas e aterrorizantes“. As representantes da entidade alegaram ainda que estavam sendo acusadas “cruel e injustamente”, sem comprovação confiável.

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