O diretor de extensão da Fundação Educacional de Fernandópolis, José Ataídes Nunes, deu uma palestra ontem à noite, na Câmara de Fernandópolis, para cerca de 30 pessoas. Ele apresentou um relato da situação do ensino superior no Brasil e fez projeções sobre o futuro da FEF.
Uma das revelações é de que a Fundação terá cerca de 8.500 estudantes matriculados em janeiro do ano que vem – a maioria de cidades fora da região. Apesar disso, Ataídes Nunes revelou uma queda do nível das mensalidades e o aumento de custos da instituição, o que seria um dos obstáculos para sua manutenção. Outro obstáculo, segundo ele, é a concorrência com outras instituições de ensino da região, que oferecem basicamente os mesmos cursos. Ataídes Nunes criticou o governo federal pela proposta de instalar faculdades públicas em regiões onde já existem instituições particulares.
O diretor de extensão da FEF disse também que a concorrência que será exercida pelo governo federal, caso a promessa do presidente Lula seja cumprida, de instalar faculdades gratuitas em todas as regiões, deverá trazer problemas para a Fundação. Durante a palestra José Ataídes Nunes afirmou que metade das instituições de ensino superior do país está condenada à falência, incluindo a FEF, mas na entrevista disse que a Fundação terá resistência para suportar o programa do governo.
A ida do diretor de extensão da FEF à Câmara repercutiu como uma resposta ao Legislativo, em virtude de um requerimento do vereador José Carlos Zambon sobre as mudanças no estatuto da instituição. Há pouco mais de um mês Zambon conseguiu aprovar o pedido, com base na mudança da forma jurídica da FEF, que passou de organismo público – pertencente à Prefeitura – à empresa de administração privada.
