O diretor presidente da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, Eduardo Queiroz, participa na manhã desta quinta-feira, dia 1º de março, do encontro de devolutiva do EDI, programa que foi realizado em 2011 com crianças de cinco anos de Votuporanga. O encontro acontecerá no auditório Unifev-Cidade Universitária, a partir das 8 horas, e é direcionado aos Comitês Estratégico e Técnico e Coordenadores de Pré-Escolas.
O EDI (Early Development Instrument) foi criado pelo Offord Centre for Child Studies, ligado à Universidade McMaster, de Ontario, Canadá. Em uma parceria entre a Fundação Maria Cecília, o Programa Infância Melhor (PIM) e o Offord Center este material foi traduzido para o português e adaptado à realidade brasileira. O resultado do esforço foi um EDI validado para aplicação no contexto brasileiro, a partir de um estudo piloto nos seis municípios parceiros da Fundação Maria Cecília.
“O material foi aplicado em 2011, em todas as crianças de 5 anos que frequentam as escolas de educação infantil do município e agora vamos ver os resultados”, destacou a diretora do departamento de Educação Básica da Secretaria da Educação, Cultura e Turismo de Votuporanga, Luzia Aparecida Zirundi Figueira. Esse estudo servirá como linha de base para ser comparada com um próximo estudo, a ser feito em 2016, que vai avaliar o impacto no grau de maturidade e de prontidão das crianças que foram beneficiadas pelo Projeto Social da Fundação Maria Cecília.
O EDI é indicado para avaliar aspectos do desenvolvimento infantil no final da primeira infância. Este é o primeiro momento da vida no qual já é possível estimar de forma mais “objetiva” o desenvolvimento infantil. O levantamento das informações é feito por meio do preenchimento de questionários por educadores, tomando como base sua observação do comportamento de seus alunos em cinco domínios do desenvolvimento infantil: bem-estar físico; competência social; saúde e maturidade emocional; desenvolvimento cognitivo e linguagem e capacidade de comunicação e conhecimentos gerais.
O EDI contempla questões que buscam identificar em que medida a família e a comunidade conseguiram estimular e desenvolvimento das suas crianças até o ingresso na escola, além de indicar seu grau de preparo para conviver e usufruir do ambiente escolar. O EDI não é usado como avaliação individual de uma criança, mas sim como diagnóstico populacional, aplicado em todas as crianças de uma determinada comunidade.
Eduardo Queiroz
Eduardo Queiroz é administrador pela Universidade Paulista (UNIP) com especialização na Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP) e mestrado pela Harvard Kennedy School of Government (HKS) da qual é Mason e Lemann Fellow. De 2009 até o início de 2011 foi Assessor Especial do então Secretário da Educação do Estado de São Paulo, professor Paulo Renato Souza. Anteriormente, atuou como Diretor Executivo da Outward Bound México e Diretor Executivo e Conselheiro da Outward Bound Brasil (OBB). É voluntário do Centro de Liderança Pública colaborando com o desenvolvimento de programas. Tem atuado como professor convidado no Programa de Educação Continuada da FGV-SP nos cursos de Liderança para Jovens Talentos e Dinâmica Organizacional.
Histórico
A Fundação Maria Cecília Souto Vidigal (FMCSV) foi criada em 1965 pelo banqueiro Gastão Eduardo de Bueno Vidigal e sua esposa Maria Cecília Souto Vidigal, após o falecimento, aos treze anos de idade, da filha caçula do casal, Maria Cecília, vítima de leucemia.
Durante quarenta anos a Fundação desenvolveu este trabalho pioneiro. Porém em 2001, a segunda e a terceira gerações da família do fundador decidiram iniciar um processo de revisão da Missão da FMCSV, com o intuito de adequar seu papel às necessidades atuais da sociedade.
Os resultados dessa revisão foram a escolha do Desenvolvimento da Primeira Infância como foco principal de atuação da FMCSV, a adoção de uma nova Visão e uma nova Missão, e a transferência dos laboratórios Maria Cecília Souto Vidigal para o Departamento de Hematologia da Fundação Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, no complexo do Hospital das Clínicas.
Atualmente, a FMCSV tem um grande Programa Primeira Infância, que mantém diversos projetos de incentivo ao desenvolvimento das crianças nessa faixa etária, e conserva o vínculo com as suas origens, mantendo a infraestrutura física de cinco laboratórios, um ambulatório multiusuários e uma biblioteca, todos voltados para a Hematologia, que são geridos e operacionalizados pela Hospital das Clínicas.