Autoridades da Dinamarca negaram o pedido de um homem que queria incluir a palavra “super-herói” antes de seu nome de batismo.
Benjamin Preisler Herbst é dono de uma loja de brinquedos em Copenhague e diz que sua vida gira em torno dos personagens de quadrinhos.
“A palavra super-herói é um termo para uma figura não existente/ficcional”, afirmaram as autoridades por meio de uma carta em que rejeitavam o pedido de Herbst, segundo o site de notícias Jyllands-Posten.
“Não acreditamos que a palavra super-herói possa ser usada como nome de uma pessoa”, acrescentaram.
Recentemente, a Justiça francesa impediu os pais de uma menina de batizá-la de Nutella, em alusão ao famoso creme de avelã com cacau, alegando que ela seria vítima de deboche.
Mas Herbst tem 26 anos e diz que adultos devem ser livres para tomar suas próprias decisões.
“Eu entendo totalmente que menores de idade não devem ser batizados com nomes idiotas por seus pais”, afirmou ele à BBC.
“Mas acredito que os adultos que queiram mudar seu próprio nome devam ter o direito de fazer o que bem entendem”, acrescentou.
Autoridades dinamarquesas já deram sinal verde a nomes poucos comuns no passado, incluindo Varanda para meninas, Gin – considerado unissex – e Gandalf.
Segundo Herbst, super-herói também deveria ser permitido.
“Nós vivemos apenas uma vez, então por que as autoridades devem controlar a maneira como gostaríamos de ser conhecidos?”, questiona.
Herbst não se deu por vencido e planeja apelar contra a decisão. Para isso, pretende organizar uma petição virtual para ganhar apoio para sua “causa”.
Enquanto a aprovação das autoridades não chega, ele terá agora o desafio de escolher outros nomes, pois será pai de gêmeos em breve.
“Eles não serão chamados de super-heróis ou nada parecido. Não quero que eles sejam vítimas de bullying na escola por causa das minhas ideias bobas”, diz ele.
“Quero que eles próprios tenham o direito de mudar seus nomes quando estiverem prontos”, acrescenta.