sexta, 22 de novembro de 2024
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Dilma anuncia cidades que vão receber recursos do PAC Cidades Históricas

Segundo a presidenta Dilma Rousseff, 44 cidades vão receber R$ 1,6 bilhão para recuperar e restaurar monumentos e espaços públicos. Nessa nova etapa do PAC Cidades Históricas, 119 obras já…

Segundo a presidenta Dilma Rousseff, 44 cidades vão receber R$ 1,6 bilhão para recuperar e restaurar monumentos e espaços públicos. Nessa nova etapa do PAC Cidades Históricas, 119 obras já têm projetos prontos e podem ser licitadas imediatamente.

TRANSCRIÇÃO

Apresentador: Olá, você em todo o Brasil, eu sou o Luciano Seixas e começa agora mais um Café com a presidenta Dilma. Bom dia, presidenta!

Presidenta: Bom dia, Luciano! E bom dia para você que nos acompanha aqui no Café hoje!

Apresentador: Presidenta, eu vi que a senhora anunciou em São João del Rei, lá em Minas Gerais, uma nova etapa do PAC Cidades Históricas. Conta essa novidade para a gente, presidenta.

Presidenta: Olha só, Luciano, eu fui lá em São João del Rei, a cidade dos sinos, viu, Luciano, porque tem muita igreja, muito sino, na minha querida Minas Gerais anunciar o maior esforço para recuperar os monumentos e os edifícios históricos em 44 cidades de 20 estados. Estas cidades, Luciano, foram selecionadas para receber os recursos do PAC Cidades Históricas, pela importância que cada uma tem para a cultura e a história do povo brasileiro. A recuperação e a preservação desses monumentos, desses edifícios, das igrejas, museus, praças são para que as pessoas possam utilizá-los, possam usufruir deles. São para o povo de cada uma das cidades, são para o povo do nosso país e são para a população mundial, porque algumas dessas cidades, Luciano, não sei se você sabe, são consideradas patrimônio da humanidade pela Unesco. É por isso, Luciano, que o governo federal vai colocar R$ 1,6 bilhão para a restauração e a preservação desse patrimônio público. São 425 imóveis e espaços públicos em todo o Brasil.

Apresentador: Presidenta, por que a restauração, a preservação e a conservação do patrimônio é importante? Como elas são feitas ao longo dos anos?

Presidenta: O melhor jeito de se preservar uma coisa é usando essa coisa, é usufruindo dela, tornando-a útil e admirável, restaurando sua beleza. Um edifício abandonado, Luciano, sem gente usando, se deteriora e acaba por ser destruído. Por isso, em todas essas cidades estamos recuperando a nossa história, o nosso patrimônio para poderem ser usufruídos, usados pelas pessoas. Muitas vezes, a restauração de um bem histórico recupera uma área degradada, atrai pessoas, restaurantes, movimenta o turismo, cria empregos. Gostaria de repetir, Luciano, esses recursos vão ser usados para recuperar igrejas, obras de arte, museus, bibliotecas, prédios históricos, mercados, praças, estações de trem. Enfim, muitos monumentos de valor histórico, Luciano, que contam a história das nossas cidades, a história do nosso país e do nosso povo serão restaurados e preservados. Monumentos com os quais convivemos e que fazem parte do cotidiano de nossas vidas. Em todos os monumentos e espaços públicos vamos fazer, também, obras de acessibilidade. Sabe por que, Luciano? Dentro do Viver sem Limites, nós nos comprometemos com o acesso fácil para permitir o deslocamento das pessoas com deficiência ou até as pessoas idosas para esses monumentos, para essas obras, e garantir que cada vez mais brasileiros possam conhecer o patrimônio do nosso país. O conhecimento do passado e o respeito do presente à nossa memória nos ajudam a construir o nosso futuro, um país democrático, civilizado, desenvolvido e com justiça social.

Apresentador: O PAC Cidades Históricas é um grande programa, não é, presidenta?

Presidenta: É sim, Luciano. É o maior e o mais amplo programa de preservação do patrimônio histórico e cultural que o Brasil já viu. É verdade que, em 2009, foi lançada uma tentativa de PAC Cidades Históricas, ainda no governo do presidente Lula, em Ouro Preto. Não tinha esse volume de recursos e as cidades não tinham projetos suficientes. Por isso foram investidos apenas R$ 184 milhões. Agora, nós estamos falando de R$ 1,6 bilhão. Nessa nova etapa que anunciamos em São João del Rei, já temos 119 projetos prontos, que serão licitados a partir de agora, já, e um volume de recursos, Luciano, muito maior, como eu te mostrei. A escolha desses locais foi feita em parceria com os municípios e com os estados, quando foi o caso. Nós também, Luciano, em conjunto, levamos em conta o estado de conservação do patrimônio e das cidades onde o investimento tem maior urgência. Algumas dessas obras serão feitas pelos estados e os municípios, outras vão ser feitas pelo Iphan, que é o nosso Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. É fundamental também lembrar, Luciano, que agora nós estamos garantindo, a todos esses investimentos, as condições que oferecemos às demais obras do PAC. Os recursos não podem ser contingenciados, os processos licitatórios seguem regras especiais e mais rápidas, e tudo também será mais fácil, Luciano.

Apresentador: Quantas obras já têm projeto pronto, presidenta?

Presidenta: Olha, Luciano, como eu te disse, 119 obras já têm projetos prontos e podem ser licitadas, veja você, imediatamente, Luciano. Eu queria falar de todas elas, mas o nosso tempo não dá, não é, Luciano, não cabe. Então, eu vou citar 13 dessas obras, que são simbólicas. Estou falando, Luciano, por exemplo, da fantástica Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, lá em Ouro Preto, Minas Gerais; e do Mosteiro de São Bento, lá em Olinda, Pernambuco. Na Bahia, temos a Catedral Basílica e a Igreja do Santíssimo Sacramento, em Salvador, e também, em Santo Amaro, a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Purificação. Vamos recuperar ainda o Mercado Público de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, que como você lembra, Luciano, passou recentemente por um incêndio, e o Mercado Ver-o-Peso, lá em Belém, no Pará. Estão na lista também, Luciano, a Fortaleza de Nossa Senhora dos Remédios, na Ilha de Fernando de Noronha, e o Forte dos Reis Magos, em Natal, no Rio Grande do Norte. Em São Paulo, Luciano, para você ter uma ideia, nós vamos fazer a revitalização do Complexo Ferroviário de Paranapiacaba, em Santo André. Já lá no Rio, nós vamos restaurar o Museu da República e seu Jardim Histórico. Vamos também restaurar o Museu Nacional de Belas Artes e o Palácio Gustavo Capanema, que é um edifício modernista, projetado por grandes arquitetos brasileiros, como o são o Lúcio Costa e Oscar Niemeyer, e que já abrigou até o Ministério da Educação. Essas 13 obras, Luciano, elas têm os projetos aprovados pelo Iphan, e eu já pedi à ministra da Cultura que comece essas obras o quanto antes.

Apresentador: Os investimentos do PAC Cidades Históricas vão impulsionar ainda mais o turismo aqui no Brasil, não é mesmo?

Presidenta: Ah, é verdade, Luciano. Você sabe, Luciano, que o aumento do emprego e da renda nos últimos dez anos melhorou a vida de milhões de brasileiros, que agora têm aquela folguinha no orçamento para viajar nas férias, nos fins de semana ou nos feriados, com a família para conhecer as belezas do nosso país. Nossas praias, nossa natureza privilegiada e também nossas cidades históricas atraem muitos turistas. Agora, com os investimentos do PAC Cidades Históricas, vamos, certamente, Luciano, atrair mais turistas, além, é claro, de melhorar a qualidade de vida dos moradores dessas cidades. Só no ano passado, para você ter uma ideia, essas 44 cidades selecionadas receberam 14,5 milhões de turistas brasileiros e estrangeiros, e esse número certamente vai crescer ainda mais com as obras que serão feitas pelo PAC Cidades Históricas.

Apresentador: O Brasil é um país muito bonito, não é, presidenta? Algumas cidades são verdadeiros museus a céu aberto, não é mesmo?

Presidenta: Olha, Luciano, é sim. Nossas cidades históricas são lindas e encantam a todos que as conhecem. É por isso que nós vamos revitalizar os centros históricas de várias cidades, entre elas São Luís, no Maranhão, e Salvador, na Bahia. Em São Luís, vamos investir R$ 133 milhões para recuperar o conjunto arquitetônico, que está entre os maiores e os mais singulares e bonitos do Brasil, com suas fachadas de casarões revestidas de azulejos portugueses e o seu calçamento de pedras. Para Salvador, vão ser R$ 142 milhões para obras de restauração do Pelourinho e de outros monumentos riquíssimos, que contam uma parte muito importante da história do nosso país e do nosso povo. Assim, além de preservar a nossa história, damos um importante exemplo de respeito aos nossos valores culturais para as futuras gerações, e criamos oportunidades, no presente, para que essas cidades se tornem destinos turísticos e culturais cada vez mais importantes, o que, certamente, vai resultar, Luciano, também em mais emprego, mais renda, mais riqueza para o nosso país. Sabe, Luciano, eu gosto muito de visitar prédios históricos e museus aqui no Brasil e em outros países, porque eu sei que esse é um dos melhores caminhos, viu, Luciano, para a gente conhecer e respeitar a história de um povo.

Apresentador: Que conversa boa, presidenta. Mas, infelizmente, o nosso tempo chegou ao fim. Obrigado por mais esse Café.

Presidenta: Obrigada, Luciano. Uma boa semana para você e para os nossos ouvintes. Até a semana que vem!

Apresentador: Você que nos ouve pode acessar o Café com a Presidenta na internet, o endereço é www.cafe.ebc.com.br. Nós voltamos na próxima segunda-feira. Até lá!

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