quinta-feira, 24 de outubro de 2024
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DIG orienta para evitar falsos seqüestros

Já se tornou calamidade pública. A Polícia não tem mais como evitar o golpe do falso seqüestro, que tem feito inúmeras vítimas todos os dias. É um bandido que liga…

Já se tornou calamidade pública. A Polícia não tem mais como evitar o golpe do falso seqüestro, que tem feito inúmeras vítimas todos os dias. É um bandido que liga para o telefone residencial ou até mesmo comercial, leva a vítima na conversa e de posse de informações importantes sobre algum parente tenta extorquir algum dinheiro. Apesar do grande número de queixas, a Polícia não tem como rastrear as ligações para prender os marginais.

Em entrevista ao Jornal de Jales o Delegado titular da DIG (Delegacia de Investigações Gerais de Jales), José da Cruz Almeida, disse que estas ocorrências vitimaram cerca de seis pessoas em 2006, mas que segundo as próprias vitimas não pagaram nenhum tipo de resgate.

O chefe da DIG de Jales, disse que é difícil para a polícia identificar os autores porque a ação é muito rápida, o que já demonstra de que se trata de um falso seqüestro. O Dr. Cruz chama a atenção da população sobre os cuidados que se deve ter para evitar crimes dessa natureza.

O delegado destaca, por exemplo, o cuidado que uma família deve ter, estabelecendo um canal de comunicação mais aberto entre seus membros. Uma vez que todos estão cientes para onde cada um irá e por quanto tempo ficará fora, qualquer tipo de susto ou surpresa com um telefonema de supostos seqüestradores pode ser evitado. “Eles se utilizam principalmente do terrorismo psicológico, e é exatamente isso que devemos impedir”, esclarece.

Durante a ligação, o criminoso tenta de todas as formas retirarem informações com perguntas ocasionais, o que agrava o nervosismo e o abalo emocional da vítima. “O criminoso acaba reunindo dados que a própria vítima está fornecendo”, ressaltou Cruz, e lembra que “o mais importante, numa situação dessas, é manter a calma, por mais que seja difícil”.

1. Conheça os “scripts” mais comuns
Embora varie nos detalhes, a história dos golpistas é sempre a mesma. Acompanhe as notícias sobre os golpes para se manter informado sobre as novas versões

2. Não receba ligações a cobrar
Se o interlocutor for desconhecido, desligue. Policiais e bombeiros não telefonam para informar sobre acidentes (a tarefa cabe aos hospitais) nem, muito menos, ligam a cobrar

3. Não ajude o bandido dando-lhe informações
– Sua filha sofreu um acidente.
– A Fernanda? O que aconteceu com a Fernanda?

O nervosismo faz com que muita gente, sem perceber, acabe passando aos bandidos informações que serão usadas para pressioná-las. Em nenhuma hipótese revele nomes de parentes a desconhecidos ao telefone

4. Tire os adesivos do carro
Adesivos com o nome da academia de ginástica ou da faculdade, assim como placas que reproduzem o apelido dos motoristas (BIA, LEO etc.) e páginas no Orkut são preciosas fontes de informação para os bandidos. Evite e peça aos seus filhos para evitar

5. Oriente também os idosos
Tanto ou mais do que crianças e empregadas, são as pessoas idosas da família as mais vulneráveis à manipulação dos bandidos. Muitas vezes, por se sentirem sozinhas, elas podem prolongar conversas com desconhecidos e acabar por municiar criminosos

6. Pare para raciocinar
O pânico diante da possibilidade de um parente estar acidentado ou seqüestrado faz com que muitas pessoas deixem de tomar atitudes óbvias, como checar se a informação é verdadeira. Segundo a polícia, freqüentemente as vítimas deixam de ligar para o suposto seqüestrado não porque são impedidas de fazê-lo, mas porque a idéia não lhes ocorre.

7. Desobedeça ao bandido
Ligue para o suposto seqüestrado ainda que o bandido diga para não fazê-lo. Se conseguir contato, o caso está resolvido. Se não, tente um amigo ou parente dele. A hipótese de um seqüestrador real fazer essa ameaça é remota – bandidos não vão matar a vítima, e perder seu trunfo, só porque o celular dela tocou

8. Desconfie de ligações longas
Segundo estatísticas da polícia, 90% dos primeiros contatos telefônicos feitos por seqüestradores reais duram menos de um minuto. Por temerem ser rastreados, eles nunca fazem ligações longas.

9. Duvide do choro das vítimas
Apelos chorosos de supostos seqüestrados têm sido usados com freqüência pelos golpistas. A polícia sabe que raramente seqüestradores de verdade telefonam do mesmo lugar em que está a vítima. Sabem que podem ser rastreados e ter o cativeiro descoberto

10. Dê queixa na polícia
Se você cair no golpe, não deixe de prestar queixa na polícia. De posse de informações como o número de origem da chamada criminosa ou o número da conta em que o “resgate” foi depositado, a polícia pode identificar o criminoso e evitar que mais pessoas sejam vítimas dele.

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