Março de 2012. Madrugada do dia 10, quando dois homens invadem pelo telhado o Supermercado Pessoto da Cohab Antonio Brandini. Utilizando luvas, mas sem se preocupar em esconder o rosto, a dupla é flagrada pelas câmeras internas do sistema de segurança do estabelecimento enquanto furtava R$ 400 mil – sendo R$ 250 mil em dinheiro e R$ 150 mil em cheques.
Foram arrombados cerca de cinco cofres, especialidade de Roberto Junio da Silva, hoje com 35 anos. Com ele esteve em ação naquele crime, furto qualificado como vem sendo tratado pela equipe de investigação, W.D.S. Através das imagens do monitoramento interno do mercado, a DIG – Delegacia de Investigações Gerais, de Fernandópolis, esteve por mais de dois anos buscando identificar os assaltantes. Busca essa que chegou ao fim nesta segunda-feira, dia 25 de agosto.
RODARAM EM TUPÃ
Roberto Junio da Silva, que é natural de Goiânia, foi preso em flagrante em companhia de Rogério Antônio dos Santos, natural de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, há aproximadamente um mês, após furtarem – com o mesmo modus operandi do furto no Pessoto daqui – um mercado na cidade de Tupã, de onde levaram mais de R$ 100 mil, também em cheques e dinheiro.
Com acesso à imagem de Roberto Junio, disponibilizada pelo RDO (Registro Eletrônico de Ocorrências) – um entre vários instrumentos internos de bancos de dados da Polícia Civil – agentes da DIG de Fernandópolis reconheceram o autor do furto em Tupã como o principal suspeito do crime ocorrido na cidade há dois anos.
Roberto e Rogério estão presos no CDP de Caiuá, região de Presidente Prudente. De lá, eles foram transferidos para a cadeia de Guarani d’Oeste nesta segunda-feira, dia 25, dia em que, na sede da DIG de Fernandópolis, prestaram depoimento.
Roberto Junio confessou sua autoria no furto do Supermercado Pessoto, dando detalhes de como entrou pelo telhado do estabelecimento e realizou o arrombamento dos cofres. Sobre o dinheiro levado, alegou que já foi gasto, e os cheques, todos destruídos e queimados.
SÓ QUE UM NÃO FOI
As investigações da DIG local já haviam chegado até Rogério dos Santos, após um dos cheques levados do Pessoto ter sido depositado em uma agência bancária na cidade de Campo Grande/ MS.
Mesmo estando preso em 2012, à época do furto aqui na cidade, foi ele quem passou o cheque para um funcionário de um açougue de Campo Grande, como pagamento de uma conta pessoal, cheque este que foi descontado há alguns meses, o que comprova que a dupla presa em Tupã já atuava junta há algum tempo.
Durante seu depoimento, Roberto Junio, além de confessar a autoria do furto, assegurou que seu comparsa em março de 2012 seria W.D.S., que teria morrido no ano passado. A Polícia Civil aponta Roberto Junio como um “especialista em arrombamento de cofres”, sendo que sua ficha pregressa é longa neste tipo de crime.
João Leonel-Jornal O Extra