Os suspeitos do crime de homicídio registrado na noite de quinta-feira, no Jardim Paraíso, Lucas Carvalho de Macedo, 23 anos, vulgo ‘Baiano’ e Valderis da Silva, 26 anos, vulgo ‘Nenê’, que matou a golpes de faca o lavrador Paulo Henrique da Silva, 37 anos, colaboraram com as investigações da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), fato que motivou o esclarecimento do assassinato.
De acordo com o delegado Luís Roberto Rissi, na sexta-feira, iniciaram-se as investigações e, na tarde de anteontem, um dos envolvidos conhecido por ‘Baiano’ foi localizado em sua residência no bairro Cidade Jardim e na manhã de ontem o outro envolvido conhecido por ‘Nenê’, que é morador do Monte Líbano, apresentou-se espontaneamente na delegacia.
“Os dois rapazes participaram do homicídio. Pelo que levantamos até o momento, a briga entre a vítima e os dois suspeitos começou por causa de drogas. Alguns dias antes do homicídio, os envolvidos já haviam discutido e, no dia dos fatos, os três se encontravam novamente e resultou na morte da vítima”, explicou Rissi.
A dupla encontra-se em liberdade e colabora com as investigações da polícia. Porém, no final do inquérito, será analisado o pedido da prisão preventiva dos acusados.
“Ainda verificamos com quem estava a arma do crime. Os suspeitos afirmam que estava na cintura da vítima, outras informações nos levam a crer que a faca estava com um dos acusados”, disse o delegado.
Conforme consta no laudo do Instituto Médico Legal (IML), o lavrador morreu após receber nove golpes de faca no corpo.
Depoimento
A reportagem do Notícia da Manhã conversou com os acusados do homicídio. O rapaz conhecido por ‘Baiano’ afirmou que passava pela rua onde morava a vítima, acompanhado do amigo ‘Nenê’, momento em que o lavrador, com uma faca na cintura, começou a discutir com a dupla.
“Tivemos um problema com ele em outra data por causa de um celular que vendi e peguei de volta, e depois de ter usado ‘uns negócios’ com ele, a nossa divida estava paga. Depois disso, veio atrás e começou a ameaçar de morte, aí partimos para cima e, quando o Nenê estava rolando no chão com ele, peguei a faca que estava em sua cintura e comecei a golpeá-lo”, detalhou Baiano.
Para os suspeitos, a morte do rapaz não foi intencional, e sim uma tragédia.
“Nossa intenção não era matar ninguém, mas o Paulo sempre ameaçava a gente, então era ele ou eu. Agora já foi e o que posso fazer é colaborar com a polícia para tentar amenizar o problema”, disse Nenê.
