Dos 20 partidos com assento na Câmara, 18 já definiram o candidato que apoiarão na eleição para a Presidência da Câmara na próxima segunda-feira (2). O deputado Michel Temer (PMDB-SP) recebeu o apoio do maior número de partidos – 14, que se inscreveram hoje como um bloco parlamentar. A candidatura de Aldo Rebelo (PCdoB-SP) é apoiada por três legendas. Ciro Nogueira (PP-PI) recebeu o apoio apenas de seu partido. Osmar Serraglio (PMDB-PR) é candidato avulso do partido e não recebeu apoio oficial.
O Psol ainda não definiu o candidato que apoiará e ainda não tem reunião prevista para definir sua posição. O PRTB, que tem na bancada apenas o deputado Juvenil (MG), também não definiu seu apoio. Também não há previsão de anúncio oficial do partido.
Bloco parlamentar
Um bloco parlamentar é a aliança entre dois ou mais partidos políticos que passam a atuar na Casa legislativa como uma só bancada, sob liderança comum. Como a composição da Mesa Diretora deve assegurar a representação proporcional dos partidos e blocos da Câmara, é comum a formação de blocos logo antes da eleição para a Mesa – e sua dissolução logo depois. Por esse critério, o maior partido tem direito a escolher os cargos que prefere, geralmente a Presidência da Casa. Os outros partidos dividem entre si as demais funções.
Assim, o bloco de 14 partidos já definiu seus candidatos a cada cargo: o deputado Marco Maia (PT-RS) foi indicado para ocupar a 1ª Vice-Presidência; Rafael Guerra (PSDB-MG), para a 1ª Secretaria; Odair Cunha (PT-MG), para a 3ª Secretaria; e Nelson Marquezelli (PTB-SP), para a 4ª Secretaria. O Democratas ainda não definiu nome para ocupar a 2ª Vice-Presidência nem o PR definiu qual deputado ocupará a 2ª Secretaria.
Eleição no Senado
O líder do PSB, deputado Rodrigo Rollemberg (DF), que apoia a candidatura do deputado Aldo Rebelo, afirmou na terça-feira (27) que uma possível vitória do senador do PMDB José Sarney na eleição para a Presidência do Senado pode levar deputados dos partidos que reafirmaram o apoio a Temer a abandonar o candidato e apoiar outro na eleição à Presidência da Câmara, evitando, assim, que o mesmo partido comande as duas Casas.
Tese com a qual o líder do PR, Luciano Castro (RR), disse não compactuar. “Não vejo nenhuma possibilidade de uma eleição afetar a outra. Até porque são duas Casas diferentes. Aqui os deputados é que decidem”.