Dezenas de cães, 40 ao todo, estão com o vírus da leishmaniose em Fernandópolis. Os dados são da Secretaria Municipal de Saúde de Fernandópolis, que foram confirmados pelo Instituto Adolfo Lutz.
Apesar do alto número de animais infectados com a doença, nenhum caso foi registrado em seres humanos até o momento.
O alerta no período é resultado da grande incidência da leishmaniose na região.Em Votuporanga, três pessoas contraíram o vírus, sendo que o caso mais recente foi notificado no último dia 10.
Na cidade vizinha, 450 animais estão doentes e 61 foram eutanasiados.
LEISHMANIOSE
Doença infecciosa, porém, não contagiosa, causada por parasitas do gênero Leishmania. Os parasitas vivem e se multiplicam no interior das células que fazem parte do sistema de defesa do indivíduo, chamadas macrófagos.
Há dois tipos de leishmaniose: leishmaniose tegumentar ou cutânea e a leishmaniose visceral ou calazar. A leishmaniose tegumentar caracteriza-se por feridas na pele que se localizam com maior freqüência nas partes descobertas do corpo. Tardiamente, podem surgir feridas nas mucosas do nariz, da boca e da garganta. Essa forma de leishmaniose é conhecida como “ferida brava”.
A leishmaniose visceral é uma doença sistêmica, pois, acomete vários órgãos internos, principalmente o fígado, o baço e a medula óssea.
Esse tipo de leishmaniose acomete essencialmente crianças de até dez anos; após esta idade se torna menos freqüente. É uma doença de evolução longa, podendo durar alguns meses ou até ultrapassar o período de um ano.